segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Crítica | Moana (2016)


Brincando com algumas regras, mas ainda sendo bastante clichê. Moana passeia por uma divertida aventura familiar com um excelente trabalho de animação.

Quando Moana, uma "princesa" de uma tribo Polinésia, percebe que sua ilha está sofrendo de muitos males devido a uma lendária maldição. O mar a escolhe para viver uma jornada onde ela deverá encontrar Maui e desfazer os erros do passado.

O elemento que está sempre presente no gênero aventura é o amadurecimento. Os estudos sobre diferentes mitologias de Joseph Campbell resultou em algo que chamamos de Monomito ou Jornada do Herói, onde uma peonagem começa em uma vida cotidiana e normal, até algo desequilibrar essa vida e uma jornada para restaurar o equilibro se inicia. A Jornada ironicamente termina com a luta contra voltar para a vida cotidiana e normal, e quando o mesmo retorna, usa o aprendizado para mudar a vida dos que estão a sua volta.

Por que eu disse isso? Porque essa jornada se resume em enfrentar, amadurecer e aprender, e a todo momento somos obrigados a viver essa emoção. Precisamos ir para a escola, agora entrar na adolescência, agora perder a virgindade, agora fazer faculdade, trabalhar e por ai vai. Sempre que estamos bem a vida nos desequilibra e somos obrigados a enfrentar a jornada para voltar a vida normal. Esse elemento nunca vai morrer, mas lembre-se sempre: ISSO NÃO É UMA FÓRMULA!

Mas infelizmente isso é assunto para outro momento...


Moana não trabalha apenas com esse elemento, mas com muitos outros do gênero aventura como: A viagem externa, o objeto magico e entre outros. Muitos desses elementos já são clichês demais e as chances dos mesmos de transportar a emoção desejada até nós não é grande. 

Tendo isso em consciência, o filme tomou a liberdade de brincar um pouco com essas regras, transformando Moana em uma estória um pouco mais adulta, divertida e com algumas novidades, porem não livre de clichês.

O roteiro passeia por uma trama simples de aventura, envolvendo magia, mitologia e viagem, respeita alguns dos elementos das princesas, então espere bastante música, mas quase todas são bem legais. Sabe criar um bom ritmo crescente, dar vida para os personagens e conta com um ótimo alivio cômico.

A inversão de alguns clássicos papéis é o que faz de Moana um bom filme. Agora vemos o mágico e sábio como coadjuvante, querendo ir atrás do seu objeto mágico, mas sempre liderado pela Moana. Juntando o amor de Moana pelo mundo que ela anseia conhecer a essa inversão de papéis, o filme nos mostra que o amor verdadeiro por uma jornada pode quebrar barreiras. E ajudar um sábio!


O trabalho de animação desse filme mais uma vez é uma obra prima. Moana é a princesa mais viva, real e menos caricata até o momento. A água, a areia e os ambientes são lindíssimos. Sem contar na licença poética das tatuagens de Maui que é muito engraçado.

Moana é um ótimo filme infantil e consegue agradar os adultos. Alguns de seus elementos como a substancia que é dada para o mar por ser infantil demais para alguns adultos, pois passa uma sensação de facilidade para a protagonista. E mesmo tendo diferenças, a estória pode ser clichê para os mais exigentes. Não se esqueça de saber se posicionar e bom filme.

ASSISTA AO TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=yvaCwzVOjlA


Dados de Viagem:(Ano Estelar-46723.8)
Data de Lançamento: 5 de janeiro de 2017
Local: Oceania ( Filme Estadunidense).
Guia de Viagem(Diretor): John Musker, Ron Clements.





O Viajante 0, Matheus Amaral.


"É um filme bem bonitinho e divertido, mas não é tão forte e traz mensagens um pouco batidas."

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