sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Crítica | Capitão Fantástico (2016)


Após uma família decidir viver na floresta a sua maneira. Ben, estrelado por Viggo Mortensen, acredita ter criado uma utopia, até que sua mulher que estava afastada devido a uma doença, morre, fazendo com que Ben e seus filhos iniciem uma viajem de volta a sociedade "comum" para ir ao enterro. Mas o que Ben não esperava era aprender mais uma lição importantíssima sobre a vida.

Capitão Fantástico trabalha com as falhas e hipocrisias da vida em sociedade em um ótimo Drama Social. Problemas importantíssimos que são engolidos pela hipocrisia, a falta de conhecimento de massa e a nossa necessidade de fazer parte da sociedade, que geralmente se mistura com a nossa necessidade de nos sentirmos importantes, nos cegam e empobrecem nossas mentes.

Sendo assim, o primeiro ato, muito bem escrito e substanciado, nos traz uma grande estranheza e aversão a Ben e sua família, mas ao mesmo tempo eles nos trazem uma excelente dose de empatia. Fazendo o publico se perguntar: Quem são essas pessoas? Porque elas são tão estranhas? mas ao mesmo tempo reprimimos essas perguntas: Porque eles parecem estar melhores do que eu? Porque eles parecem agir mais certo do que eu? Essas perguntas juntas podem criar uma divertida comedia, mas ao mesmo tempo um profundo e serio drama social, basta olhar os dois olhos.


O segundo ato, onde as complicações começam a aparecer é a parte em que o filme nos presenteia com todas as suas mensagens muito bem encaixadas em cenas muito divertidas, onde o ritmo nunca se perde. Nessa parte podemos perceber a dificuldade que é ser diferente, ir contra os padrões da sociedade, mesmo que estejamos certos.

A relação da família com ao outras pessoas cria contrapontos excelentes e nos MOSTRA que pessoas que já fecharam sua mente nunca conseguirão entender certas verdades, pois seus próprios sentimentos barram. Mas ao mesmo tempo vemos que Ben e sua família podem não estar totalmente certos, e inconsistentemente marcham para o isolamento ou a derrota iminente de uma força maior e dominante. Levantando questões do tipo: Qual é o preço de fazer coisas que não acreditamos para podermos fazer parde de um todo? Qual o preço de não fazer?


O ultimo ato do filme fecha com uma mensagem importante sobre todas as poderosas questões filosóficas que foram levantadas. Gostaria de falar mais, mas seria Spoiler.

O terceiro ato pode ser considerado feliz demais para cinéfilos mais radicais, mas ele mantem o tom bem humorado sem sair do drama social. Me incomodou mas eu comprei.

Em questão de elenco todos estão muito bem. Viggo dominou o seu personagem, todos os seus filhos também estão excelentemente criveis e carismáticos e o mesmo vale para os coadjuvantes e antagonistas.

A trilha sonora é ótima e junto a excelente fotografia, o roteiro e a direção já temos um filme indispensável.

Capitão Fantástico é um excelente drama social que trará divertimento e questionamentos para quase todos os espectadores. Não perca!

ASSISTA AO TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=S-1-Kh99r_o




Dados de Viagem:(Ano Estelar-44742.1)
Data de Lançamento: 8 de Dezembro de 2016.
Local: Road Movie (Filme Estadunidense).
Guia de Viagem(Diretor): Matt Ross.





O Viajante 0, Matheus Amaral.



"Não sei se é gosto pessoal, mas talvez é o filme com mensagens mais importantes de 2016."

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