quinta-feira, 21 de abril de 2016

 A MOSCA (1986)
"TSZZZZZZZZZZZZZZ"

Após inventar o teleporte, o cientista Seth Brundle, encontra dificuldades em teleportar seres animados em sua maquina e depois de alguns testes decide testar a si mesmo, porem algo inesperado acontece!

Temos aqui um filme "Gore", que quer ser grotesco propositalmente - isso não é um defeito do filme; e por traz dessa mascara, existe uma estoria que se aprofunda em áreas mais complexas e quer dizer algo mais alem da sugestão de horror e emoções técnicas.

Porem, a ideia do filme é superior ao seu próprio roteiro. Mesmo sendo um clássico roteiro de três atos, a mosca, de uma maneira geral, se resume em duas partes: antes de pós o protagonista se testar na maquina e uma mosca entrar junto com ele.

A primeira parte é terrível, o roteiro conta uma estoria que avança de uma forma incoerente e faz o publico pensar que nada que esta acontecendo faz muito sentido, mas se você analisar como um filme "gore" que agrada nichos de públicos tudo progride normalmente, mas o filme quer trazer mais do que isso então não se justifica.

A segunda parte é excelente, a estoria avança e progride de uma maneira ótima, a estoria se torna crível, os personagens agem como agiriam numa situação dessas, o lado "gore" se uni perfeitamente com um lado mais "cabeça", que nos traz conceitos de: até onde devemos ir? qual é o limite de nossas ações? se somos realmente tão bom e superiores quanto pensamos? e como pessoas definham e se autodestroem, afastam tudo de sua vida numa piscar de olhos sem nem perceber por orgulho, "superioridade" e egoismo e se dão conta de suas ações em um estagio irreversível de suas vidas. (sugestão de horror do filme: uma escolha simples pode te levar a um estagio de decomposição irreversível na sua vida).

os efeitos do filme, em termos geral são excelentes, o lado grotesco e a transformação lenta de Seth para uma mosca é incrível e deliciosamente nojento.

A direção de Cronemberg nos traz esse gore controlado, um visual arrepiante e muito bem feito e uma sugestão de horror que funciona e perturba (mas enjona do que perturba).

E todos os atores fazem um bom trabalho, exceto Joe Getz que mais pareceu um alivio cômico que aparece em horas totalmente erradas.

















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