sábado, 24 de dezembro de 2016

Crítica | A Felicidade Não Se Compra (1946)


"Feel Good Movie", mensagens simples porém poderosas e dois atos que nunca se arrastam. A Felicidade Não Se Compra tem todos os motivos para ser um dos filmes de natal mais memoráveis da história.

Quando George Bailey decide se matar, devido as dificuldades e frustrações da vida. Eis que um anjo, que ainda não conquistou suas asas, é incumbido da missão de salvar Bailey. Tentando mostrar como a vida de um simples homem salvou a vida de milhares outras, o anjo tem a ideia de mostrar a Bailey como o mundo seria se ele não existisse.

Temos aqui um grande exemplo de junção de gêneros. A trama principal se baseia na missão do anjo de salvar uma vida e conquistar suas asas. Temos aqui uma trama de educação, onde um protagonista começa com um ponto de vida sínico e cético em relação a vida e termina com um olhar positivo e otimista.

Mas para que a missão ocorra, o anjo precisará olhar para toda a vida de Bailey, desde sua infância, para compreender que é este humano e, sendo assim, saber como cuidar do mesmo. Todo esse flash back, que consiste na subtrama, é o primeiro ato inteiro de um filme de dois atos, e o protagonista George Bailey passeia através de uma trama de provação, onde luta contra todas as pancadas que a vida tem a oferecer.



A jornada do protagonista através de uma criança cheia de sonhos e alegria, para um homem frustrado e, em seu ponto de vista, um fracassado é muito gostosa e bonita de se ver. Mesmo a trama principal demorando para aparecer, o filme nunca fica arrastado.

Toda a substancia que está em volta da "magia de natal" é muito bom de ver e acompanhar. Os anjos conversando a partir de estrelas, as regras do mundo dos anjos, que em alguns momentos contrapontos excelentes aparecem. Transmite a inocência, a alegria, a irreverencia e as mensagens simples mas que mudam a vida de uma pessoa.

A direção sabe muito bem como trazer bons planos de câmera, comandar seus atores, trazer umas três cenas extremamente memoráveis para o cinema, e a sensação que os anjos estão cuidando de uma vida, e as vezes pausam as cenas para compreender algo melhor, é muito divertido e gostoso de acompanhar.



Outro triunfo do filme é a substancia que é criada tando na direção quanto no roteiro quando George e o anjo passeiam na cidade para que George veja como o mundo seria. Me arrisco até a dizer que a magia encostou um pouco com a ficção cientifica e isso é outro elemento muito legal.

Se A Felicidade Não Se Compra tem defeitos, é o fato de o filme ter uma mensagem principal bobinha demais para muitas pessoas, a inocenciense é um elemento que pesa forte durante o filme inteiro, e nós sabemos que mesmo muita coisa ali é verdade, não é bem assim.

Outro fator, é que quando a trama principal volta para o ato final, a resolução vem rápido demais - Mas isso não me incomodou em momento algum.

A Felicidade Não Se Compra é um marco para os filme de nata, é muito divertido, engraçado, inocente e com mensagens interessantes.

ASSISTA AO TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=ewe4lg8zTYA


Dados de Viagem:
Data de Lançamento: 21 de Dezembro de 1946
Local: Bedford Falls.
Guia de Viagem: Frank Capra.
Titulo Original: It´s a Wonderful Life.



O Viajante 0, Matheus Amaral



"É bastante inocente, mas adoro muito esse filme! Feliz Natal para todos vocês!"



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