terça-feira, 28 de junho de 2016

QUADRILHA DOS SÁDICOS (1977)
"As colinas podem ver"


Em uma viagem para a califórnia, uma família decide passar por uma estrada deserta e aparentemente abandonada, para ir a uma antiga mina da família. Sem saber que nas colinas vivem um bando de "pessoas" anormais que tem o prazer de torturar, estuprar e até comer pessoas.

O filme está dentro do gênero Terror/Mistério com elementos de "Road Movie" com as clássicas viagens que não dão certo, ou pessoas que acabam acidentalmente caindo na mão de pessoas perversas. Quem não tem esse medo? corremos esse risco todos os dias. Essa é uma boa sugestão de terror em um filme que é um dos primeiros a explorar tal ideia.

O roteiro nos conduz através de uma família Pluriprotagonizada (todos são protagonistas) que está com o carro quebrado e decide buscar ajuda com algumas pessoas estranhas que encontraram no caminho. Até coisas estranhas começarem a acontecer e toda a família sofrer ataques.

Um dos problemas desse filme é o seu Desing, ou seja, a ordem em que os eventos acontecem. O filme começa te mostrando uma cena dos antagonistas que reduz muito o tom sombrio do filme, pois mostra seu lado humano.

Outro problema é que após o carro quebrar e coisas estranhas começarem a acontecer, criando o mistério assombroso, um dos membros da família sai em busca de ajuda e em poucas cenas seguintes ja descobre todas as respostas, ou seja, nós descobrimos todo o segredo do filme, e é um segredo simples e não muito assustador. O terror desse filme se daria no Mistério, no medo do desconhecido, mas tudo e revelado perto do começo e ainda vemos o lado humano dos ANTAGONISTAS, ai consequentemente o medo do publico cai la pra baixo.

Sem contar que faltou substancia na família, eles parecem calmos demais para uma situação como essa - Sem contar que eles tem dois cachorros e, informalmente falando estão "cagando foda" se o cachorro escapa, morre ou vive.

Onde o filme perde seu medo ele tenta compensar em Jumpscares, isso nunca é bom. A direção por outro lado é muito criativa e o filme termina após a Crise/Clímax sem resolução, que é um recurso bom para filmes de terror e nesse caso casou perfeitamente.

A maquiagem e o figurino são ótimos. Os cenários trazem um tom ameaçador e os atores são bons e fazem um bom trabalho, principalmente os antagonistas.

Quadrilha dos sádicos é um filme, original, criativo, bem escrito, mas em dias atuais não assusta muito, mas contem todos os elementos de um bom filme de terror a moda Wes Craven. Vale ser visto.

















segunda-feira, 27 de junho de 2016

O Dragão e o Feiticeiro (1981)
"DragonSlayer"

Um grupo de Jovens viajam até um castelo onde vive um mago, para tentar convence-lo a ir ao reino e matar um dragão que vive em uma caverna subterrânea e está aterrorizando a todos. Sem contar que para amenizar os ataques do dragão, o Rei criou uma Loteria, que consiste em um sorteio em que um determinado período de tempo uma jovem será sorteada e ira contra sua vontade ao dragão como oferenda.

Temos aqui um bom filme de fantasia, que traz consigo um enredo muito interessante, personagens muito interessantes, bons cenários, Efeitos visuais DATADOS, mas se vê claramente que para a época eles eram bons, (Nunca se joga um filme fora pelos efeitos datados).

O roteiro nos traz um protagonista jovem, que almeja ser um mago e é impulsionado a reagir ao incidente que move a estoria de uma maneira ruim, e ele progressivamente vai de um protagonista desinteressante a um personagens quase insuportável.

O filme traz ambientes e cenas bem substanciadas, um drama que movimenta a estoria, coadjuvantes muito bem criados em seu ínterim tinha tudo para ser uma fantasia muito legal, mas se o protagonista que comanda a estoria não funciona todos o resto desmorona.

O que prende nesse filme é a personagens Valerian, que segura a estoria, a SUBTRAMA da loteria que é muito bem criada e um pequeno PLOT que seria melhor se o incidente inicial não fosse tão "bobo".

O filme é bem dirigido, mas não visa nada novo e os atores fazem bem o seu papel e também não trazem ada marcante ou memorável.

Como resultado: O Dragão e o Feiticeiro é um filme infantil que pode agradar bastante as crianças, mas perdeu a chance de se tornar um bom filme familiar.






quarta-feira, 22 de junho de 2016

EXCALIBUR (1981)
"O feiticeiro Merlin, A vinda de um Rei, A espada do Poder!"

Após o rei Uhter se destruir e colocar a espada mágica Excalibur em uma pedra, dizendo que apenas um verdadeiro rei será digno de empunhá-la. Eis que Arthur, seu filho bastardo a empunha e muitos que acreditam no mito de Excalibur começa a segui-lo, com a promessa de um grande rei.

Temos aqui um filme mal roteirizado, ou talvez muito datado. Seus Diálogos são na maioria ruins e muito diretos, contando a estoria, mas sem muita carga emocional.

Os Beats, ou seja as transições de uma cena a outra, ou de uma informação para outra são muito confusos. Estamos vendo uma determinada ação, depois do nada vem outra cena que achamos estranho e só depois entendemos que passou bastante tempo. E isso é errado, mas não se confundam não é um filme confuso, mas é um roteiro com pouca substancia. os diálogos são muti o "bestas" em alguns momentos e você pensa assim "Tá Ok, já entendi a informação, mas acho que ninguém agiria assim nessa situação"

O filme tem sim umas armaduras mega malucas e reluzente, mas muito Legais. Nesse quesito não vejo como um ponto ruim, é a linguagem do filme,  o filme mistura elementos de Fantasia só que sempre consegue nos trazer de volta para o nosso mundo.

A direção do filme é mediana: O filme é um show de Overactors (atuações mega exageradas), algumas cenas de ação não causam nenhum impacto. Mas lembre-se que é um filme um pouco datado e a musica do filme para de repente em alguns momentos e tira a emoção da cena.

Mas, o filme tem suas qualidades: Tudo que existe e que é legal no Mito do Rei Arthur está aqui e muito bem inserido. Esse é um ponto positivo do roteiro. A música é muito boa e apesar de ter cenas de ação não muito bem coreografadas, tem bastante ação e varias cenas são legais. E como resultado é um filme ainda bem gostoso de se acompanhar. Tem sim o seu brilho.

Lembre-se que é um filme datado e que cinema é uma arte temporal, se você saber se posicionar esse filme é um prato com bastante comida, mas não tão cheio assim.

E lembre-se também que o fator datado não anula defeitos como: os péssimos diálogos. Um filme datado quer dizer que algo foi vesto para os olhares de uma época determinada. TODOS OS FILMES SÃO ASSIM!





  

segunda-feira, 20 de junho de 2016

INVOCAÇÃO DO MAL 2 (2016)
"something strange in the neighborhood,who you gonna call?"

Em 1977, uma família inglesa começa a sofrer ataques aparentemente de um espirito revoltado. Do outro lado da estoria, a família Warren está sendo atacada por outro espirito, muito pior. Ao saber que a pobre família esta com problemas paranormais, Ed e Lorraine vão ajuda-los sem nem imaginar se existe ligação com os dois ataques.

Temos aqui um roteiro que segue o mesmo corpo do primeiro: um prologo para empolgar mais sem ligação, uma família com problemas, o casal Warren e sua vontade implacável de ajudar entre outros.

Porem esse filme utiliza mais Jumpscars, as manifestações são muito mais dinâmicas e urgentes e tudo ficou muito mais "fantasia". Os espíritos aparecem demais e se manifestam de uma maneira um pouco "besourosuco" demais para um filme de terror. O gênero  Terror/sobrenatural se sustente no inexplicável e o medo se sustenta no abstrato, isso é no que não podemos ver nem compreender ao todo. NUNCA PODEREMOS !

No primeiro filme existem algumas cena em que espíritos são vistos de uma maneira um pouco fantasiosa, mas servem como licença poética e complementam a narrativa. No caso deste filme não.

Sendo assim, o publico mais cético vai achar que a regras desse universo foram levemente traídas e consequentemente não vão entrar tanto no enredo.

Em quanto o filme se preocupa em seguir todas as regras da sequencia: menos estoria, mais Jumpscares, mais ritmo, mais urgência entre outros. Onde perdemos em estória, ganhamos na relação mais envolvente e evoluída dos Warren. Ver seus problemas, seus medos, sua relação com todos os problemas a sua volta,como um precisa do outro, como supostamente eles estão em uma missão divina. como eles se sentem bem fazendo isso, tudo é muito bem escrito de uma maneira com nos passa uma emoção arrasadora. Talvez até maior que no primeiro filme, pois nesse conhecemos mais a fundo quem realmente são Ed e Lorraine,

Esse lado do filme é tão forte e bonito que me tocou e fez com que eu saísse do cinema feliz, mais no meio do filme eu me senti mais vendo um filme de drama: uma trama de redenção em meio a um cenário abstrato e catastrófico do que um filme de terror em si.

Mas é um filme de terror ainda, mas terror não foi muito seu ponto forte, mesmo assustando um pouco.

Mesmo a melhor parte do filme seja a relação dos Warren, o show de atuação aqui é de Janet Hodgson, interpretada por Madison Wolfe.

Conforme os ataques paranormais acontecem e ela é a principal a sofrer, podemos sentir toda a angustia e terror que a personagem esta sentindo. Enquanto as Caricaturas dos espíritos empurram o filme para baixo. Madison e seu personagem empurram o filme para cima e nos mostra como esse filme seria excelente se melhor roteirizado.

Para concluir esse filme tem um problema mestre que fez com que caísse de uma SEQUENCIA das boas para um filme quase mediano: a batalha final, ou seja A CENA OBRIGATÓRIA é muito fraca e bobinha e mais uma vez o filme perde a sua essência de terror.

A direção de James Wan é boa, os jogos e truques de câmera são excelentes, criativos e diversificados. Essa diversificação enriqueceu o filme. O filme traz consigo muitas referencias a outros filme como: O Exorcista, Poltergeist, IT e uma referencia, que não é bem referencia vou deixar de surpresa, porque é a primeira e a mais legal.

Talvez esse não seja o filme que mereça
ser visto no cinema, se você estiver sem dinheiro, espere sair dos cinemas e assista em casa no escuro, pode ser que você se divirta e se assuste até mais.





















quinta-feira, 16 de junho de 2016

ORCA: A BALEIA ASSASSINA (1977)
"Só existe um animal capaz de matar um JAWS a baleia assassina...SQN"

Após descobrir o valor de uma baleia Orca, um marinheiro decide caçar uma Orca macho a qualquer custo. Porém, no meio do processo acaba matando uma fêmea gravida, deixando o macho descontrolado e irracionalmente louco por vingança.

O filme abre com uma Intro muito interessante: um grupo de marinheiros tentando caçar um tubarão branco que é morto em um segundo por uma orca.

Por esse filme ser uma das variações do filme Tubarão de Spielberg, o filme utiliza as regras das sequencias que sempre visam trazer mais do que o publico gosta e os elementos que deram certo no primeiro filme.

Logo em seu inicio onde um tubarão morre para a baleia o filme quer nos trazer essa sensação "Caramba essa sim é uma ameaça!" ou "Nossa é pior do que o monstro de Spielberg!".

E não para por ai, o filme tenta nos trazer mais elementos de terror como: mais "Gore", sugestões religiosas macabras e entre outros. E como resultado temos um bom filme que se pendura em outro para ser bom e como nosso imaginário coletivo diz: nenhuma sequencia é tão boa quanto o original.

Temos aqui um filme bem dirigido, muito bem substanciado e mais agressivo que o Tubarão. Todas as cenas passam emoção, a ideia principal consegue ser criativa, o filme tem alguns momentos que ficam na sua cabeça e Richard Harris com seu carisma seguram o filme.

O roteiro do filme é bom, consegue criar emoção. terror e suspense, suas passagens são criativas, em alguns momentos o filme se arrasta um pouco, mas são poucos esses momentos.

Existe uma analogia com o protagonista e o incidente com a Orca que não fez muito sentido.

E a trilha de Morricone como sempre é ótima.

O filme por si só não é e nem tenta ser um filme arrasador, apenas tenta não ser uma derivação ruim de um filme clássico e isso ele consegue ! Orca: A Baleia Assassina cumpre sua meta e se destaca como um filme bom e interessante e não cai para a zona dos genéricos. Merece ser visto !














segunda-feira, 13 de junho de 2016

O CLUBE DOS CINCO (1985)

"A Princesa, O Nerd, O Atleta, O Caso Perdido e o Delinquente"

Cinco alunos que não se conhecem ficam de detenção um sábado inteiro, onde precisam escrever uma redação falando sobre eles mesmos. O problema é que eles praticamente se odeiam, devido aos esteriótipos e não querem fazer a redação, e com o passar do tempo são obrigados a se conhecerem a fundo, sem saber que isso seria um eterno aprendizado em suas vidas.

O Clube dos Cinco é um longa de gênero drama social, com pitadas de comedia muito bem dirigido. Os cenários são simples e objetivos, os Jogos de câmera são incrivelmente espertos e ate um pouco cômicos. Todas as cenas passam a emoção desejada.

Mas a grande estrela desse filme é o roteiro e a incrível Metáfora que ele traz consigo. A estoria traz com ela os esteriótipos que existem em muitos ambientes escolares, e pouco a pouco eles vão sendo desmembrados e uma grande lição que esta embaixo do nariz de todos é mostrada em um Clímax emocionante e também um pouquinho triste, mas o filme acaba bem.

O filme traz como resposta a esse drama social, que se cada um olhasse para o outro como ele realmente é e não o julgasse pelos esteriótipos, que são apenas reflexos do que a vida dura faz conosco e que no fundo todos somos iguais e queremos desesperadamente ser aceitos e não parecer um estranho ou fracassado; nos destruiríamos o orgulho de gerações e quebraríamos paradigmas na sociedade, mas que infelizmente esta longe de aprender isso.

Os diálogos do filme são muito humanos, sempre nos impulsionam e emocionam. O filme progride sem ficar maçante e sempre nos prende.

Se passando em apenas um ambiente, as progressões do roteiro são muito bem feitas, TODOS os personagens são cativantes e não tem como você não se identificar um pouco com TODOS  eles - PROVA DE QUE SOMOS TODOS IGUAIS!

A musica tema é emocionante, a mensagem é incrível e tocante, o filme consegue ser engraçado. os atores são muitos bons, (alguns se destacam mais como: Anthony Michael Hall e Ally Sheedy) É um filme que todos devem ver em todos os ciclos de sua vida. Para não esquecerem quem são de verdade.










terça-feira, 7 de junho de 2016

APENAS O FIM (2008)
" Esse aqui é o Fanático... não é o He-Man!"


Após um dia comum de aula na PUC, o jovem Antônio descobre que sua namorada pretende fugir de casa e terminar o relacionamento com intuito de começar uma vida nova. Os dois concordam em passar as ultimas duas ultimas horas sozinhos e conversar sobre os bons momentos do relacionamento. Fazendo com que o pobre Antônio tente ao máximo impedir que sua namorada vá embora e o deixe.

Temos aqui um filme ambientado apenas em uma faculdade e que em nenhum momento fica cansativo, monótomo ou mais do mesmo. A direção é excelente, os movimentos e posicionamentos da câmera compõe a estoria com perfeição, as cenas conseguem ser ricas e substanciadas e o figurino simples e rico.

O roteiro do filme nos traz excelentes diálogos do inicio ao fim que te prende o filme todo e em nenhum momento fica monótomo ou arrastado.

Os diálogos do filme são de níveis Tarantino: monólogos que aparentemente lembram pequenas conversas, mas por trás se mostram muito humanos e reveladores e faz com que sentimos a empatia imediata pelos personagens a ponto se sentir fortes emoções por eles.

A estoria é um romance disfarçado, pessoas que estão terminado o relacionamento, mas que no fundo se amam muito e o tempo é o maior inimigo. Esse é o fio condutor que nos da esperança até o final.

O filme traz um bom Ritmo, sempre progride é bem editado e as musicas o compõe bem.

Em termos de atuação todos os atores são ótimos e deram o melhor de si para o personagem.

O problema desse filme é o fato de ele querer evidenciar apenas o Meio do filme; Isto é, o desenrolar da trama entre o incidente e o clímax onde as ideias e as contra ideias ficam se chocando e as brechas se abrem para o protagonista tentar atingir seu objetivo.

Sendo assim o filme se inicia um pouco fraquinho, vai progredindo de um maneira magistral e quando chega o Clímax esperamos algo um pouco mais profundo do que o já esperado e isso não acontece. Por mais que o Clímax negativo já era esperado algo a mais deveria ser posto para amarrar a ideia.

Por mais que o publico entenda que o enredo do filme é positivo e que seu Climax é negativo o filme passa uma leve impressão que é todo negativo e que as coisas apenas terminam como começaram.

Apenas o Fim é um ótimo filme brasileiro, um ótimo filme NERD, um ótimo romance, feito com pouco orçamento em uma faculdade (porque Matheus Souza não podia sair com os equipamentos da PUC) e que tem engaja, diverte e emociona do inicio ao fim. MERECE SER VISTO !