sábado, 31 de dezembro de 2016

Agradecimentos | Feliz Ano Novo e Novidades para 2017

O VIAJANTE 0, MATHEUS AMARAL

Viajantes, cinéfilos, Nerds.... Amigos ! Muito obrigado por esse ano de aprendizado, conhecimento e diversão.

Peço perdão pelas quantidades mínimas de postagem nesse fim de ano, o tempo parece estar contra mim.

Ano que vem teremos mais conteúdo, variedades e provavelmente uma surpresa.

Feliz ano novo par todos ! E que um tsunami não vire o navio de vocês de cabeça para baixo!






3 Ótimos Filmes Para Ver No Ano Novo.























O DESTINO DE  POSEIDON (1972)
Guias de Viagem: Irwin Allen, Ronald Neame.
























GRANDE HOTEL (1995)
Guias de Viagem: Quentin Tarantino, Robert Rodriguez, Allison Anders, Alexandre Rockwell.





























HARRY E SALLY - FEITOS UM PARA O OUTRO (1989)
Guia de Viagem: Rob Reiner.

        
   
                          
O Viajante 0, Matheus Amaral





FELIZ ANO NOVO !

sábado, 24 de dezembro de 2016

Crítica | A Felicidade Não Se Compra (1946)


"Feel Good Movie", mensagens simples porém poderosas e dois atos que nunca se arrastam. A Felicidade Não Se Compra tem todos os motivos para ser um dos filmes de natal mais memoráveis da história.

Quando George Bailey decide se matar, devido as dificuldades e frustrações da vida. Eis que um anjo, que ainda não conquistou suas asas, é incumbido da missão de salvar Bailey. Tentando mostrar como a vida de um simples homem salvou a vida de milhares outras, o anjo tem a ideia de mostrar a Bailey como o mundo seria se ele não existisse.

Temos aqui um grande exemplo de junção de gêneros. A trama principal se baseia na missão do anjo de salvar uma vida e conquistar suas asas. Temos aqui uma trama de educação, onde um protagonista começa com um ponto de vida sínico e cético em relação a vida e termina com um olhar positivo e otimista.

Mas para que a missão ocorra, o anjo precisará olhar para toda a vida de Bailey, desde sua infância, para compreender que é este humano e, sendo assim, saber como cuidar do mesmo. Todo esse flash back, que consiste na subtrama, é o primeiro ato inteiro de um filme de dois atos, e o protagonista George Bailey passeia através de uma trama de provação, onde luta contra todas as pancadas que a vida tem a oferecer.



A jornada do protagonista através de uma criança cheia de sonhos e alegria, para um homem frustrado e, em seu ponto de vista, um fracassado é muito gostosa e bonita de se ver. Mesmo a trama principal demorando para aparecer, o filme nunca fica arrastado.

Toda a substancia que está em volta da "magia de natal" é muito bom de ver e acompanhar. Os anjos conversando a partir de estrelas, as regras do mundo dos anjos, que em alguns momentos contrapontos excelentes aparecem. Transmite a inocência, a alegria, a irreverencia e as mensagens simples mas que mudam a vida de uma pessoa.

A direção sabe muito bem como trazer bons planos de câmera, comandar seus atores, trazer umas três cenas extremamente memoráveis para o cinema, e a sensação que os anjos estão cuidando de uma vida, e as vezes pausam as cenas para compreender algo melhor, é muito divertido e gostoso de acompanhar.



Outro triunfo do filme é a substancia que é criada tando na direção quanto no roteiro quando George e o anjo passeiam na cidade para que George veja como o mundo seria. Me arrisco até a dizer que a magia encostou um pouco com a ficção cientifica e isso é outro elemento muito legal.

Se A Felicidade Não Se Compra tem defeitos, é o fato de o filme ter uma mensagem principal bobinha demais para muitas pessoas, a inocenciense é um elemento que pesa forte durante o filme inteiro, e nós sabemos que mesmo muita coisa ali é verdade, não é bem assim.

Outro fator, é que quando a trama principal volta para o ato final, a resolução vem rápido demais - Mas isso não me incomodou em momento algum.

A Felicidade Não Se Compra é um marco para os filme de nata, é muito divertido, engraçado, inocente e com mensagens interessantes.

ASSISTA AO TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=ewe4lg8zTYA


Dados de Viagem:
Data de Lançamento: 21 de Dezembro de 1946
Local: Bedford Falls.
Guia de Viagem: Frank Capra.
Titulo Original: It´s a Wonderful Life.



O Viajante 0, Matheus Amaral



"É bastante inocente, mas adoro muito esse filme! Feliz Natal para todos vocês!"



segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Crítica | Rogue One: Uma História Star Wars (2016)


Uma estória com incio, meio e fim, audaciosa, muito bem substanciada, que explora novos caminhos e com um fã service bem controlado. Rogue One me fez acreditar que mesmo Hollywood não encerrando mais as sagas consagradas, é possível ainda termos Spin-Offs dignos e ótimos filmes.

Quando a rebelde Jyn Erso descobre toda a verdade sobre seu pai, ela se une a um grupo da rebelião em uma missão para roubar os planos da Estrela da Morte.

Quando descobri que esse filme seria apenas um Spin-Off com incio meio e fim, surgiu Uma Nova Esperança (Frase Clichê), mesmo com aquele certo medo de ser um filme que não agregue quase nada.



Felizmente Rogue One faz jus ao nome Star Wars e nos brinda com uma estória paralela cheia de novidades no modo de olhar o tão querido universo.

Nós, os fãs, sempre sonhamos e imaginamos como seria a vida na época Imperial, e como foram as guerras, em outras palavras: Qual foi o impacto na vida das pessoas comuns, sendo rebeldes ou não.

Como a trilogia clássica de Star Wars é uma jornada de amadurecimento, que tem como ideia principal a luta do bem contra o mal. Rogue One sai pela tangente de uma maneira muito astuta, pegando diversos elementos mais políticos e adultos e construindo uma estória de guerra, com diversas convexões do gênero.

No roteiro de Rogue One você encontrará: Um bom ritmo, um tom mais mundano, personagens com cargas emocionais mais "sujas" que em meio a situação estão sempre em conflito de certo e errado, e um terceiro ato com a cenas de ação mais empolgantes de todas.

A substancia criada aqui é a melhor coisa do filme, todos os ambientes e personagens realmente vivem. Ver as guerras, os poucos crentes na força, mas sem um mestre ou um guia, personagens que não são de todos bons ou ruins é um prato cheio para todos os fãs de aventura. E é claro, nada disso seria ótimo se uma estória coerente os transportasse.



O fã service do filme, em alguns momentos é simplesmente sensacional, como a primeira aparição de Vader, mas em outros momentos não era necessário existir, pois atrapalha o andamento da trama.

E falando em andamento, em poucos momentos o filme se atrapalha um pouco, ficando meio confuso em transmitir a emoção certa e infelizmente o alivio cômico "basteirou" oras acerta, mas em muitos momentos atrapalha uma cena empolgante e emocionante.

A direção de Edwards soube como trazer ótimas batalhas, mas principalmente soube trabalhar com o tom mais mundano de uma guerra e, como já dito, com os personagens mais comuns e conflituosos,

Abrindo uma pequena licença poética aqui: "A Fotografia é SACANAGEM !" Tudo é muito lindo e muito bem acentuado.

O CGI te convence e não está mais ficando surpreendente, já estamos indo para o cinema esperando algo nesse estilo.

Sobre os atores, não tenho sobre o que me queixar, alguns poderiam estar melhores, mas nenhum atrapalha a trama principal.

E Darth Vader é pra ser visto e não falado.

Rogue One: Uma estória Star Wars, é um Spin-off que realmente nos trás esperança em tempos de crise, soube trabalhar bem com os elementos que tinha em mãos, não engana o publico, traz novidades e tem um final que visava empolgar, mas podia ser um pouquinho menor.

ASSISTA AO TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=-Dfr4xaxDyU



Dados de Viagem:
Data de Lançamento: 15 de Dezembro de 2016
Local: Uma galaxia tão tão distante.
Guia de Viagem: Gareth Edwards.





O Viajante 0, Matheus Amaral.


"Depois da nova trilogia, o Remake Star Wars 7, Animais Fantásticos, O Hobbit entre outros. Rogue One me mostrou que ainda a esperança. Simplesmente adorei o filme !!!"

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Crítica | O Vendedor de Sonhos (2016)


Dinâmico e emocionalmente apelativo, O Vendedor de sonhos é uma trama de educação que infelizmente mais "prega" do que prova.

Quando o renomado psicologo Júlio César quer cometer suicídio devido a sérios problemas familiares, eis que um misterioso mendigo o faz desistir. Levando Júlio para uma viagem através do autoconhecimento e da aceitação da vida.

Vale ressaltar que todas as opiniões contidas nesta crítica se referem exclusivamente ao FILME.

Uma trama de educação, onde o protagonista começa cético e pessimista e termina otimista e com amor a vida, dificilmente aparece nas telonas, e quando aparece quase sempre tem ligação com o divino: Deus, divindades entre outros.

O Vendedor de sonhos pode ser considerado uma rara exceção, visto que o roteiro passeia pelos campos da fé divina e também da ciência, mostrando que os mesmos são apenas escolhas que não necessariamente interferem com a aceitação da vida.

O roteiro começa interessante: Um psicologo tenta se matar e um mendigo o faz mudar de ideia !? Agora estou ansioso para ver como será a tal jornada de aceitação.

Pegue uma ideia governante muito interessante, misture com o fato de o filme conseguir conversar com um publico muito abrangente e jogue praticamente metade dos bons elementos que essa combinação faria no lixo. Essa é uma das sensações que esse filme traz.



Toda boa estória precisa de contrapontos. Para provar um ponto de vista sobre a vida em uma estória, é necessário trazer inúmeros pontos de vista contrários, para que no final, em um clímax bem construído, você prove ao publico que perante a todas as dificuldades aquele ponto é o certo.

Quando o começo prendeu minha atenção, logo pensei, "Não vai ser nada fácil para um psicologo muito bem estudado e que trabalha nos campos da ciência, abrir a mente para a conversa de um mendigo." Mas isso mal é explorado.

O roteiro preferiu passear em um monte de cenas bonitas que apelam demais para o emocional das pessoas sem ensinar algo realmente. 

Esse tipo de aprendizado em MINHA OPINIÃO chama-se picaretagem, pois um monte de cenas onde pessoas estão passando pelas mesmas dificuldades que nós e com poucas palavras já mudam de opinião e decidem vencer, realmente nos toca (Pois nos projetamos nas cenas), mas todos nós iremos esquecer em um dia tudo aquilo. Porem a primeira impressão é a que fica!

E também a uma cena que envolve um programa de televisão que chama literalmente o publico de otário. É uma das cenas mais ilógicas que vi esse ano.



Mas é de se reconhecer que o filme tem suas mensagens, e algumas tem chance de sair do cinema com você. E como o filme vai mexer com os seus sentimentos, muitas pessoas podem sair contentes do cinema. "Quando está difícil qualquer migalha ajuda, mas não cura."

Para encerrar essa crítica em uma forma positiva, o filme conta com takes mais lentos e muito criativos, que quando se mixam a uma excelente fotografia, dão cenas lindas de se ver e criam uma linguagem própria para a estória,

Dan Stubalch mostra o quão bom ator ele é, faz o melhor que pode com o que tem e nunca trai seu personagem.

Cesar Troncoso soube conduzir bem um sábio que passou por dificuldades quase impossíveis de superar.

E a edição soube criar um ótimo ritmo.

O Vendedor de Sonhos é o filme que poderia ter sido e não foi, desperdiçou as chances de ser um filme único e surpreendente, para trabalhar com o sentimentalismo barato. Você vai se emocionar, mas amanhã não vai lembrar.

ASSISTA AO TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=Q1Q4NweBya4



Dados de Viagem:
Data de Lançamento: 8 de Dezembro de 2016
Local: Brasil
Guia de Viagem: Jayme Monjardim






Matheus Amaral, O Viajante 0.



"Odeio ser chamado de idiota, o filme tinha tudo para botar um semente no coração daqueles que precisam, e ser lembrado como um excelente filme nacional."


quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Crítica | 30 Dias de Noite (2007)



Vampiros animalescos, excelentes doses de suspense e muito "Survival Horror". 30 Dias de Noite se destaca como um dos melhores filmes de vampiros da atualidade.

Anualmente em Barrow, uma pequena cidade do Alaska, o inverno traz 30 dias de plena escuridão. Alguns conseguem deixar a cidade em tal época, mas muitos residentes são obrigados a ficar. No entanto, aqueles que ficaram jamais poderiam imaginar que seriam atacados por um grupo de vampiros sedentos por sangue.

Vampiros, assim como diversos outros monstros góticos, precisaram se adaptar as novas convenções e tendencias da atualidade. Mesmo que o vampiro "animal" não tenha nascido aqui, essa caracteriza não apenas o atualiza para os padrões "zumbirescos" de hoje, mas respeita o clássico monstro em praticamente todos os aspectos.

Para gostar de 30 Dias de Noite, mais importante do que um bom roteiro e uma boa direção, é necessário gostar do estilo mais "jovem" de contar uma boa estória sobre vampiros. Se não for o caso, o filme terá grandes chances de não conversar com você.


Partindo disso, é notável que o filme conta com uma premissa aparentemente inteligente e chamativa, trazendo aquele "gostinho" aos fãs do horror. E felizmente o roteiro quase não fraqueja.

Um prato cheio para os admiradores do terror é o que temos aqui. Um roteiro que apresenta, mundo, ambiente e personagens com exatidão, sabe criar uma ótima atmosfera de suspense e comanda o elemento sobrevivência muito bem. Assim que o filme começa, já captamos as regras desse mundo e dos vampiros, sem que nada seja contado.

O filme caminha em um ótimo ritmo, tem jogos de câmera que diferenciam a obra e uma edição precisa.

Em alguns momentos, infelizmente o roteiro falha. O Jumpscare é utilizado em excesso e em muitas cenas o mesmo é desnecessário. Com o decorrer da trama os vampiros começam a ficar um pouco mal substanciados e o ato final pareceu um pouco absurdo, mesmo pra a realidade do filme, uma difícil decisão é tomada muito bruscamente.


A fotografia é algo digno de aplausos, junto com a excelente maquiagem, ambas dão vida a esse mundo, criando uma ótima identidade audiovisual.

Filmes com uma situação desesperadamente rápida, cobram geralmente pouco dos atores, visto que a atuação não percorre tantas camadas diferentes. Esse fator não tira o mérito dos atores ainda que todos fazem uma ótima atuação.

30 Dias de Noite é um filme rápido, preciso, assustador em vários aspectos e merece ser destacado como um ótimo filme sobre vampiros.

ASSISTA AO TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=X3BVXZMRElQ


Dados de Viagem:
Data de Lançamento: 19 de Outubro de 2007
Local: Barrow, Alasca.
Guia de Viagem: David Slade.








Matheus Amaral, O Viajante 0.


"Mesmo reconhecendo o excelente filme que assisti, os vampiros animais, mas conscientes não me agradam muito, é questão de gosto, visto que o filme é ótimo como poucos outros".


segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Crítica | Sully: O Herói do Rio Hudson (2016)


"Imagine uma premissa que conta com inúmeras possibilidades de falhar e junte a um árduo trabalho de roteiro e uma ótima direção. Como resultado: Sully: Uma enrolação? Ou Sully: Um excelente filme? Você terá que decidir!"

Quando pássaros danificam as turbinas de um US Airways Fight 1549, o piloto Chesley Sullenberger se vê obrigado a realizar um pouso forçado no Rio Hudson, que resultou no salvamento de mais de 150 pessoas, e em uma guerra politica em que "Sully" jamais imaginaria vivenciar.

Cinema é uma arte temporal. Tudo o que achamos, pensamos e sentimos estão fadados a mudar com uma velocidade que não ousamos pensar. Os filmes "brincam" justamente com nossas emoções, sendo assim estar atento aos próprios sentimentos e aos do publico é a base do trabalho de todo cineasta visionário.

A estória de Sully É muito emocionante, mas não para a nossa época, nesse determinado momento, nesse determinado período. Se a intenção era contar uma estória que está tão fresca na cabeça das pessoas apenas como "Uma noticia surpreendente"; era necessário trazer elementos desconhecidos, e esses elementos serão obrigados a ocupar a trama principal, porém o desastre do avião também deverá estar lá.



Esse árduo trabalho teve como solução um embate politico sobre as atitudes "irresponsáveis" do piloto Sullemberger e do copiloto Jeff Skiles, misturado a uma inteligente construção de roteiro que traz logo de inicio a trama principal desconhecida e inclui a queda do avião de uma maneira muito criativa.

O roteiro tem total consciência de suas limitações e traz um bom ritmo, uma ótima montagem, bons diálogos e o mais importante: Conceitos bem solidificados sobre: O que é ser um herói, O que é ser humano? Até que nível pode ir a burocracia e a ignorância social?

Mesmo tendo um vários elementos de um drama social, o foco da trama acaba sendo muito mais pessoal.

Para alguns, o trabalho de escrita de Sully pode ser nada mais do que um grande exercício de exploração de elementos e substancias, e como resultado: Uma grande enrolação fora de seu tempo. Uma crítica desse estilo não estaria errada, porem o filme consegue prender sua atenção e transmitir emoções na medida do possível. Devido a esse fato, ele está muito mais inclinado a ser um ótimo filme.



A direção de Eastwood continua a ser precisa e exímia. Ora enquadramentos tão suaves e substanciados que mais parecem um quandro, ora tomadas e sequencias mais engajantes e velozes que nos levam para dentro do avião.

Eastwood não captaria todos esses elementos sem um trabalho de fotografia fenomenal e efeitos visuais ao estilo Forrest Gump (Quase imperceptíveis).

As poucas estrelas envolvidas dão um verdadeiro show. Tom Hanks interpreta um personagem simples e com poucos conflitos, mas consegue dar vida de uma maneira que deixa o publico boquiaberto. Como um ator tão conhecido como Tom Hanks faz com que o esqueçamos nos primeiros minutos do filme?

Aaron Eckhart também dominou seu personagem com exatidão, trazendo-o de uma maneira simples, mas com grande importância para o protagonista e para a trama.

Laura Linney não teve muito material para trabalhar, seria injustiça falar mal.

Sully: O Herói do Rio Hudson é um filme que conhece bem o seu publico e o seu mundo, sofrendo apenas com suas limitações. Porém, os fatores positivos surpreendentemente pesam mais do que os negativos, transformando Sully em um dos filmes mais interessantes do ano.


ASSISTA AO TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=9n6hcBc4bgE




Dados de Viagem:
Data de Lançamento: 25 de Novembro de 2016
Local: Nova York, Rio Hudson.
Guia de Viagem: Clint Eastwood.





O VIAJANTE 0

Matheus Amaral




Sou um grande fã de Clint Eastwood como diretor, e sai admirado em como o roteirista conseguiu extrair o máximo de tão pouco. Pode ser uma enrolação, mas traz mensagem importantes em um filme que prende sua atenção do inicio ao fim. Sai muito contente e satisfeito - Vale a pena! 

domingo, 4 de dezembro de 2016

Crítica Especial | Harry Potter - Anos 1 a 4.


"Eu juro solenemente não fazer nada de bom. Harry Potter foi um personagem que cresceu junto com uma geração, e por isso está presente no coração de milhões de pessoas no mundo inteiro. Acompanhando o enredo dos livros, os filmes de Harry foram passando por inúmeras modificações e convenções diferentes do mundo cinematográfico. Vamos voar por cada um deles"

"ACCIO FIREBOLT"



HARRY POTTER E A PEDRA FILOSOFAL (2001)


Quando um jovem órfão, desprezado pelos tios, descobre que na verdade é um bruxo, e que nasceu em uma família querida do mundo mágico. Harry Potter inicia sua jornada, descobrindo tudo sobre o mundo da magia e como o mesmo funciona; ingressando na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, Harry começa a estudar para ser um grande bruxo e paralelo a isso, descobrir suas raízes originais.

O roteiro de A Pedra Filosofal conta com um bom ritmo, e um tom bem infanto juvenil. O filme como um todo consegue agradar tanto adultos quanto crianças, mas a estória desse Harry é mais voltada ao publico infantil.

Por ser uma estória infantil, o filme conta com esteriotipos, abusa um pouco nas coincidências e sua criação de mundo pode não fazer quase nenhum sentido para os adultos.

O universo criado aqui não é muito profundo, e seu real triunfo é botar bruxos em uma escola, comprando material escolar, usando uniformes entre outros. É um universo infantil que cumpre seu papel com exatidão.

Além de conhecermos o mundo da magia através dos olhos de Harry Potter, o grande triunfo dessa estória é criar um mistério infantil que não chama a criança de burra, até para alguns adultos, a estória de A Pedra Filosofal requer inteligencia para acompanha-lá, sendo assim para o universo infantil ela NUNCA fica "Para Leigos", autoexplicativa ou arrastada.

Chris Columbus da uma direção ao estilo Spielberg, consegue trasportar toda a grandeza que esse universo tem em um filme familiar, memorável e inesquecível.

Columbus foi o diretor que mais soube trabalhar com o mundo de Harry. O filme conta com Takes criativos, atores muito bem conduzidos e o tom perfeito para a trama.

Harry Potter e a Pedra Filosofal é um marco para o cinema infantil e merece um lugar no coração dos fãs.

Dados de Viagem:
Data e Lançamento: 23 de Novembro de 2001
Local: Inglaterra
Guia de Viagem: Chris Columbus



HARRY POTTER E A CÂMARA SECRETA (2002)


O segundo ano de Harry Potter na escola de magia e bruxaria de Hogwarts começa bem, até que alguns alunos começam a ser petrificados misteriosamente, e um passado sombrio da escola começa a vir a tona. Cabe a Harry, Rony e Hermione solucionar tal mistério e salvar a escola de um mal sem nome.

A sequencia de Harry Potter veio para mostrar que nem tona sequencia é pior que o original. Tendo apresentado todo o Universo no primeiro filme, temos aqui um filme mais dinâmico, que passa por todos os elementos do primeiro, só que melhor, mais empolgante, com muito mais ritmo e um mistério muito mais complexo e eletrizante.



A direção de Chris Columbus consegue trazer um mundo muito mais familiar, que entretêm crianças e adultos quase da mesma maneira. 

O filme ainda conta com os esteriotipos, mas bem menos e muito mais bem trabalhados.

O segundo filme da franquia Harry Potter é o melhor filme da saga, por ser mais eclético, estiloso, inteligente e cativante.

Dados de Viagem:
Data de Lançamento: 22 de Novembro de 2002
Local: Inglaterra
Guia de Viagem: Chris Columbus



HARRY POTTER E O PRISIONEIRO DE AZKABAN (2004)


Quando um bruxo extremamente maligno e grande seguidor de Você-Sabe-Quem escapa da prisão de Azkaban, criaturas cruéis, porém necessárias são colocadas em Hogwarts no intuito de proteger os alunos. Porém, tais criaturas começar a perturbar a vida de Harry e Sirius Black, o fugitivo, está em uma jornada para assassina-lo.

No terceiro filme de Harry Potter começamos a perceber uma certa bagunça em relação a produção, afetando diretamente o andamento artístico da obra.

Os livros de Harry são de infanto juvenil, então mesmo que Harry cresça e amadureça, os livros mudam muito pouco de tom (alguns mais do que outros). MAS, livros não são filmes certo? então o que deu de errado nesse filme?

Para esse longa, decidiram amadurecer demais o tom para um filme mais adolescente do que infantil, mas o material fonte não é totalmente assim, então como resultado, o filme ficou um tanto contraditório, fazendo o publico mais exigente se confundir sobre esse mundo infantilizado e mais "raso" em um tom mais serio e adulto.



Afonso Cuarón é um ótimo diretor, mas acabou dando um tom cru demais com seus movimentos de câmera, e acabou tirando um pouco a magia do filme.

Não vou dizer que esse roteiro é falho sozinho, mas alguns momentos como o final, onde Sirius Black vai embora, é um arco que pede uma continuação, que nos próximos filmes não são mostrados

Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban é um filme um pouco repetitivo, que erra no tom, tem um roteiro mediado, mas pode ser muito bom para muitas pessoas e crianças e continua tendo um grande valor de entretenimento.

Dados de Viagem:
Data de Lançamento:4 de Junho de 2004
Local: Inglaterra
Guia de Viagem: Afonso Cuarón


HARRY POTTER E O CÁLICE DE FOGO (2005)


Quando Harry é injustamente obrigado a participar de um torneio muito perigoso junto com mais três bruxos, nem imaginava que por trás dos panos um plano maligno evolvendo Você-Sabe-Quem estava em andamento.

Se você já achou o terceiro filme muito repetitivo e com o tom errado, é melhor parar por aqui, Harry Potter pode não ser mais para você.

O quarto filme da saga é o pior de todos devido ao trabalho de direção errado, e ao roteiro furado. O roteiro não é culpa essencialmente do filme, já que o material fonte também é furado.

Para não ficar mal interpretado, serie obrigado a falar dos livros de novo; onde Harry já é um adolescente mas, o tom do livro continua sendo Infanto Juvenil.

Você não amadurece uma estória sem amadurecer o personagem e o mundo a sua volta, e para Harry Potter, principalmente se a intenção era amadurecer, já era hora de tira-lo da escola, JÁ ENTENDEMOS!


Mas, abrindo um parenteses, (ATÉ PARA J.K ROWLING FALTOU UM CERTO COLHÃO DE AMADURECER A ESTÓRIA, MAS COMO A PEGADA DO LIVRO NÃO É ESSA, O LIVRO É BOM, PORÉM, PODERIA SER MUITO MELHOR).

Então, como resultado, o filme conta com um roteiro raso, sem substancia, sem magia, e com um antagonista que tem um plano de enfeitiçar um certo objeto para manar Harry para um certo lugar, mas ele poderia enfeitiçar qualquer outro objeto e resolver o problema muito antes.

E mais uma vez a direção, mesmo sendo boa, não soube encontrar o tom.

O Cálice de Fogo é o pior filme de Harry Potter, há quem diga que é o melhor, mas se você é um espectador mais exigente, vai se decepcionar bastante aqui.

Dados de Viagem:
Data de Lançamento: 25 de Novembro de 2005
Local: Inglaterra.
Guia de Viagem: Mike Newell


CRÍTICA DA SAGA HARRY POTTER CONTINUARA EM BREVE.
O viajante 0, Matheus Amaral: "APARATO"

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Crítica | A Chegada (2016)




"Ficção Cientifica das boas, conceitos de espaço-tempo e poeira cósmica, um tanto filosófico, protagonista feminino... Não tinha como ser ruim!"

Quando naves espacias aparecem em quantos diferentes do mundo, o exercito estadunidense chama a linguista, Dra. Louise Banks, e o cientista Dr. Ian Donnely no objetivo de tentar estabelecer algum contado com os seres extra-terrestres.

A Chegada já ganha o publico em sua premissa, que passa uma estória sobre alienígenas: séria, filosófica, com valor de entretenimento e uma curiosidade absurda que percorre do inicio ao fim. Traz um tom de originalidade mesmo tendo elementos de outras estórias.

Sua execução, para a nossa alegria, é praticamente tão boa quanto sua premissa. Temos aqui um roteiro muito bem substanciado; que sabe caminhar no ritmo certo e não tem pressa de contar uma boa estória - Cada pequeno momento é uma grande aventura, assim como nossas vidas. Esse é um tipo de escrita muito delicioso, que sabe agradar tanto os fãs do Sci-Fi, quanto o publico geral.

Juntando o bom ritmo a personagens muito honesto e criveis; onde TODOS tem uma razão para existir e participar da estória. Com ótimos diálogos e arcos dramáticos, até os antagonistas dos trazem uma certa empatia.



Todos os ótimos atores que participaram do filme contavam, felizmente, com um excelente material para trabalhar e deram um verdadeiro show. Mesmo Amy Adams sendo a estrela principal com sua atuação digna de aplausos, todos tem o seu momento.

A direção de Villeneuve passa por planos bem centralizados, e tomadas bem calmas, que visam a grandiosidade e também a pequinesa de todos os eventos. Muitos planos Gerais que refletem o tom grandioso, mas ao mesmo tempo mostra como somos poeira cósmica.

A Chegada sofre com alguns problemas, como a dificuldade de segurar a trama principal, com algumas subtramas que são um pouco chatas e em alguns momentos, clichês. Mesmo tendo um bom ritmo, em pequenos momentos o filme se arrasta um pouco.



E o Clímax da estória é pra fazer o publico refletir, pois a resposta não será direta e todas as informações não estarão exatamente lá. Não saia do filme reclamando disso, saiba se posicionar antes de sentar na poltrona.

O Clímax e a resolução mostram como somos pequenos e com um simples vento podemos desaparecer ou o curso de nossas vidas pode ser seriamente adulterado. E o filme não se restringe apenas nos humanos da Terra; o objetivo dos Extra-Terrestres terem vindo para cá reflete que eles também são poeira e se enquadram perfeitamente desse quadro.

A Chegada é um dos melhores filmes do ano, e conta com um excelente roteiro, uma excelente direção, um trabalho de atuação digno de aplausos, efeitos visuais muito bonitos e que sabem compor e contar uma boa estória.

ASSISTA AO TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=rNciXGzYZms


Dados de Viagem:
Data de Lançamento: 24 de Novembro de 2016
Local: Estados Unidos.
Guia de Viagem: Dennis Villeneuve.


O Viajante 0, Matheus Amaral: Excelente filme, em minha opinião um dos melhores de 2016, quem ama Sci-Fi se deliciara.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Crítica | It - Uma Obra Prima do Medo (1990)


"Terror familiar, nostalgia dos anos 80 e livre de vários clichês. It consegue se desprender de algumas convenções do gênero terror e faz uma das adaptações mas fieis e bem feitas do cinema".

Uma criatura aparentemente paranormal, que caminha travestida de palhaço, começa a atacar crianças em uma pequena cidade no Maine. Michael Hanlon, um bibliotecário local, foi um dos sobreviventes desse mesmo terror a 30 anos atrás, e começa a chamar seus amigos que juraram destruir a "coisa" se um dia ela retornasse.

Despreocupado em seguir os padrões convencionais da escrita clássica, mas seguindo; temos aqui uma estória grandiosa, que gerou um ótimo roteiro.

It, não está preocupado em apresentar uma sugestão de terror e desenvolve-lá até um clímax arrepiante. A estória foca na caminhada, no convívio constante com algo diabólico e principalmente na questão: Será que é possível vencer depois de tanto tempo? Quando existem cicatrizes que se recusar a sarar, a resposta pode não ser positiva.

Para ilustrar melhor o que quero dizer, O filme inicia com com o incidente que desencadeia a trama principal, mas quando Michael liga para cada um de seus amigos, toda a estória e suas subtramas é contada através de Flashbacks de 30 anos atrás. a trama principal só volta para o ato final de uma caminhada que gerou cicatrizes incuráveis para a vida daquelas pessoas.

Sendo assim, It se desprende um pouco do que já conhecemos, mas ao mesmo tempo TODOS os elementos da escrita clássica está lá. Espere diferenças, mas não novidades.


Ao mesmo em que a "Coisa" é uma criatura metafórica e filosófica, consegue ser apenas um mostro para um filme de terror mais infantil. Suas diversas camadas nos fazem refletir sobre que ela realmente representa? Pessoalmente falando, It trás muitos elementos que se assemelham a pedofilia, mas EU nunca consegui descobrir o que ela realmente representa, visto que ela se manifesta diferente de pessoa por pessoa, e todas carregam um fardo muito diferente em relação a ela.

Analisando isso, descobri que a "Coisa" reflete um demônio pessoal, um trauma profundo que guardamos dentro de nós. e que não saber o que ela é de fato, é o que faz a trama ser assustadora.

Outro fator que marca o triunfo dessa estória é como os adultos que sofreram com a "Coisa" quando crianças, agem no futuro. Indiretamente suas ações refletem que o trauma ainda não morreu e que eles vivem para tentar compensar esse trauma. Isso diz muito sobre todos nós.


Temos aqui um filme de 3 horas, e essa é a sua maior audácia. mas sei que algumas pessoas vão fugir desse filme e não estão erradas, visto que é necessário saber se posicionar. 

Mas lembre-se, o filme conta com um roteiro que não fica em nenhum momento arrastado, com muita substancia, muita química e empatia pelos personagens e um clímax que decepciona um pouco.

O maior problema dos filmes inspirados nas obras de Stephen King é o fato de que os livros o Sr. King trabalham muito com o fracasso humano e o  terror descritivo, que nos faz, através de palavras muito bem escolhidas, imaginar situações terríveis que para a linguagem do cinema, que visa mostrar e não contar, muitas cenas ou não ficam muito assustadoras ou precisam ser muito alteradas.

A direção do filme sabe conduzir muito bem os atores, não é muito criativa em termos de movimentação de câmera: É tudo muito estático e em algumas cenas a muito pouco movimentação, mas nada que atrapalhe a estória.

O filme podeira ter tido um orçamento maior, isso acabou afetando um pouco.

Mas o filme acerta muito no Desing da cidade, no figurino de todos os personagens, que nos trás uma emoção maior em relação ao filme,

It é um filme com mensagens poderosas, pode decepcionar um pouco os fãs de terror e até mesmo os fãs de um cinema mais hardcore, mas o Show aqui é sua trama fantástica e muito bem traduzida para a linguagem cinematográfica.

ASSISTA AO TRAILER:  https://www.youtube.com/watch?v=ToGGItQjutk


Dados de Viagem:
Data de Lançamento: 18 de Novembro de 1990 (Para a televisão)
Local: Derry, Maine
Guia de Viagem: Tommy Lee Wallace.


O viajante 0, Matheus Amaral: Amo esse filme, todas as suas mensagem e o clima que ele consegue criar me marcou muito.