sábado, 6 de maio de 2017

Crítica | Vida (2017)


É bem feito, intrigante e criativo, mas falha ao tentar sair da sombra de Alien.

Uma grupo de seis astronautas descobrem vida inteligente em Marte e são incumbidos de estudar essa misteriosa e complexa forma de vida no espaço, aonde é seguro. O que eles não esperavam era vivenciar as terríveis consequências que aguardavam em silêncio, esperando para evoluir.

Partindo do Terror Espacial, Vida sabe muito bem como criar tensão e angustia. Logo em sua abertura, uma incrível cena em plano sequência, onde os astronautas se preparam para um evento x, mostra a errônea sensação de segurança, uma leve e forçada presença de vida no vazio inimaginável e principalmente o grande isolamento das personagens. Espere um filme bem imersivo aqui!

É notável que o roteiro de vida faz de tudo para se distanciar de Alien ao máximo possível. Enquanto o filme está focado em criar relações entre personagens de diferentes nações e principalmente na substancia da misteriosa forma de vida, que traz seus ótimos conceitos e se torna a espinha dorsal da trama.


Porém, na hora de dar andamento e progresso para a trama, as comparações com Alien começam a ficar evidentes pois o filme foca quase que unicamente no suspense e na perseguição. - Nunca se sabe quando a criatura assassina ira aparecer. Com esse fator o filme se torna repetitivo e perde considerável peso, que só é redimido no ato final.

Vida acerta no peso e na carga emocional das personagens, atenuando um final satisfatório, coerente e impactante. Conclui muito bem o valor que a trama principal deixou aberto e mostra que a estória acabou aqui, mas que muito ainda acontecera no mundo das personagens.

Em questão de atores, todos estão muito bem. O MEU destaque desta vez vai para o excelente Jake Gyllenhaal, que acerta mais uma vez, mas principalmente para Rebecca Fergunson e Olga Dihovichnaya que dão a luz para ótimos personagens e chamam a atenção do público sempre que estão em cena.

Vida é um bom filme de terror! Te traz angustia, conceitos macabros, uma boa sensação de imersão e não teve medo de sair das raízes com um final bastante horripilante. Não é um filme original, mas MERECE SER VISTO!



Dados de Viagem:(Ano Estelar-666.1)
Data de Lançamento: 20 de Abril de 2017.
Local: Espaço (Filme Estadunidense).
Guia de Viagem (Diretor): Daniel Espinosa.


Matheus Amaral



"Lembra o Alien e perde o ritmo em alguns momentos, mas não percam o filme. Indicação do coração!"

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