segunda-feira, 22 de maio de 2017

Crítica | Rei Arthur: A Lenda da Espada (2017)


Um leve gostinho de Guy Ritchie, um leve gostinho de Charlie Hunnam e um leve gostinho de Rei Arthur, é o que levaremos para casa após está viagem.

Rei Arthur é o portador de uma das melhores mitologias e até hoje a mesma não perdeu o gás. Isso se da visto que aqui a jornada do herói está presente como quase todos os seus bons arquétipos. A fantasia pode ser atenuada ou expandia, pois geralmente a mesma requer interpretação e sua lenda não está ligada a cultos, religiões, pregações entre outros. Tanto tramas históricas quanto o entretenimento escapista podem existir e até mesmo coexistir na lenda de Arthur.

A Lenda da Espada já nos avisava pelos trailers que mais um filme ala O Caçador e a Rainha do Gelo estava chegando, mas mesmo assim ele soube vender o seu peixe muito bem. Guy Ritchie é no mínimo um diretor que inspira confiança em muita gente, e com razão; Charlie Hunnam é adorado por muita gente, e com razão e a grande mitologia de Rei Arthur foi o que me levou a ter boas esperanças, pois diferentes versões da mesma estória não é um problema.

No prólogo podemos ver onde reside toda a grandiosidade do filme, nos efeitos visuais, ele sera a espinha dorsal da linguagem visual do incio ao fim. E é uma boa linguagem. O filme também nos apresenta as boas jogadas de câmera de Guy Ritchie, ele é um diretor que sabe manejar ação muito bem e perincipalmente o impacto, muitos cortes mundanos, inesperados e que visam a grandiosidade, ele é um diretor que maneja muito bem o sentimento e excitação e empolgação das cenas.


Quando começamos nos familiarizar com a trama, ela nos apresenta um épico que mira até demais nos dias atuais. Uma linguagem visual bem moderna, um andamento muito dinâmico para um filme desta época, (O que é exatamente a proposta aqui) bastante humor em personagens menos profundos e uma trilha sonora que assina embaixo tudo que eu falei: Mesclando o épico com o moderno e compensando a falta de emoção que deveríamos sentir com os personagens.

O filme sabe muito bem como apresentar a trama, cria a expectativa necessária para fazer o espectador não piscar o olho, manipula com exatidão as regras da magia e os efeitos visuais junto aos planos gerais são muito bonitos de se ver.

Há algumas cenas de luta e fuga em telhados, e um águia percorrendo todo e cenário. Não tem nada a ver com a crítica, mas me lembrou um outro filme que também deveria ter sido bom.

Mas, o filme só funciona até o fim do primeiro ato, depois ele fica, chato, desinteressante e se segura apenas no bom humor e nas cenas ao estilo videoclipe: Lindas de ser e bem produzidas, mas não funcionam em questões de emoção, costura de ritmo, andamento entre outros.

Guy Ritchie praticamente desaparece, Charlie Hunnam fica preso a um personagem engraçadinho que não sofre de quase nenhuma dificuldade realmente forte e Jude Law se transforma no esteriótipo do vilão malvado. 

E para concluir, o filme termina mas não responde todas as questões que abriu, pois continuações devem existir...

Rei Arthur: A Lenda da Espada é o filme que funciona bem até a primeira meia hora, depois se rende a tudo que é vendável e visualmente bonito, funcionando ou não na trama.



Dados de Viagem:(Ano Estelar-1972.9)
Data de Lançamento: 11 de Maio de 2017 (EUA).
Local: (Filme Estadunidense).
Guia de Viagem (Diretor): Guy Ritchie.


Matheus Amaral




"Negócio agora é rever Excalibur!"

   


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