A Vigilante do Amanhã! O título brasileiro que já contava sobre o que o filme se tratava. Não demos atenção porque foi uma péssima escolha, pois é!
Em um futuro onde a tecnologia e o homem já conseguem se fundir como um só; Mira Killian, após sofrer um acidente e ter seu cérebro unido a um corpo cibernético, é colocada como comandante de um esquadrão que luta contra o crime cibernético.
Não é novidade para muitos que Ghost in the Shell trata-se de um mangá que virou diversas animações, e em destaque temos a excelente adaptação de 1995, que apontou os problemas da sociedade pelo crescente avanço da tecnologia. E não parou por ai!
Ghost in the Shell em sua essência abora os problemas SOCIAIS sobre o avanço da tecnologia. A animação de 1995 mostra uma protagonista que luta constantemente com essas dualidades e sempre se questiona sobre: O que é ser humano? Já o antagonista surge do infinito universo tecnológico que nós criamos: Ele não é uma criação nossa, mas ao mesmo tempo é! Ele é um problema social.
O filme de 2017 abandona o tal Drama Social e busca focar no EU. Acompanhamos Major em sua constante luta em descobrir quem ela é de verdade; essa trama puxa muito mais elementos sobre o que a tecnologia pode fazer com um único ser e não com o todo, e para quem gosta e conhece Ghost in the Shell, isso é decepcionante.
A decisão de mudar o cerne da obra, pode ser explicada pela necessidade de tornar a estória mais acessível ao grande público, pois facilita a compreensão e da um tom de entretenimento muito maior. Lembre-se que o maior interesse de cada pessoa é sempre ela mesma, e um Drama Social sempre coloca nossa mente para trabalhar. Um exercício cansativo!
Em mais ou menos 40 minutos de filme eu estava pensado assim: OK! Posso compreender a necessidade de Hollywood em criar filmes mais simples e escapistas. O filme traz bastantes elementos bons da obra original e vai instigar a curiosidade das pessoas. Se for um bom filme de ação com os conceitos de plano de fundo EU aceito. Mas não foi isso que aconteceu! Depois da metade do filme as cenas de ação param e o "Drama" pessoal da Major começa a ficar chato e desinteressante.
Em ternos estéticos não a sobre o que falar mal. As maquiagens, os efeitos visuais e principalmente os práticos criam um espetáculo, tanto nas cenas de ação quanto nas paisagens. Perceba quantas vezes as paisagens da cidade aparece, talvez ela esteja mascarando alguma coisa!
A direção de Rupert Sanders traz ótimas referencias a aminação de 1995, cenas de ação muito cruas e criveis, mas o filme fica constantemente oscilando entre um filme de ação futurista e um drama contemplativo.
Eu sei que a trilha sonora da animação é ótima e memorável, mas vamos dar um pouco de crédito aqui! As trilha criada é ótima e compõe o filme muito bem.
Antes de encerrar, é necessário falar de Scarlett Johansson e seu empenho em criar um bom personagem. Sua atuação de uma mulher que ainda tem uma humanidade, mas está escondia entre fios, lutando sempre para sair é excelente. Ela é uma boa atriz dramática e uma boa atriz de ação.
Ghost in the Shell erra mais que acerta, mas sua qualidade técnica e seu roteiro simples podem agradar e instigar a imaginação de que não conhece a obra principal, por isso é um filme válido! porém assim que você imergir no mundo de Ghost in the Shell este filme ira ficar completamente esquecível.
ASSISTA AO TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=rWwQgumKQHk
Dados de Viagem:(Ano Estelar-8674.9)
Data de Lançamento: 30 de Março de 2017.
Local: Filme Estadunidense.
Guia de Viagem (Diretor): Rupert Sanders.
Título Brasileiro Honesto, mas ruim: A Vigilante do Amanhã.
Major Matheus Amaral |
"Por que todos os filmes futurísticos estadunidenses viram o Robocop?"
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