"To avoid fainting keep repeating, it's only a movie, only a movie, only a movie..."
Quando uma jovem chamada Mari e sua amiga Phylls decidem parar para comprar maconha antes de ir assistir um show, são surpreendidas por um grupo de sádicos foragidos que as sequestram para fazer brincadeiras sexuais, humilhações, torturas e morte. Mas, alguém não ira deixar barato!
O, oficial, primeiro loga metragem dirigido por Wes Craven, traz consigo um filme cru e frio, que visa, através de um roteiro honesto, crível e bem elaborado, chocar o espectador com sua violência física e visceral; não esquecendo uma boa dose de terror psicológico, que mostra até onde um ser humano passional pode chegar.
Por mais que The Last House on the Left seja um marco para o cinema de horror, inspirando diversos filmes que criaram seus subgêneros próprios, como o Slasher, o Rep and Revenge e o Torture Porn. Temos aqui um filme bem datado, que pode ter chocado a sua época. mas que perdeu um pouco do gás com o passar do tempo.
Vamos dizer que, se vermos com os olhos de hoje, o filme mais erra do que acerta, mas acerta nos pontos principais!
O filme conta com uma boa fotografia, uma boa maquiagem e bons atores, mas a coordenação dos mesmos é fraca. Muitos atores não dão o seu melhor, estão mal inseridos nos takes e reagem da forma errada em algumas situações. E o principal, o tom do filme falha miseravelmente.
Para não ter seu filme vetado, Wes teve que cortar diversas cenas violentas, e acrescentou uma dupla de policias "patetas" que, dentro de uma subtrama, estão procurando os criminosos. Quando eles aparecem o filme vira praticamente uma comedia; Seu tom muda, a música muda entre outros. Por esse fator digo que estamos falando de um filme bastante datado, que mais impressiona por sua criatividade e pela sua importância no cinema de horror, do que pela sua eficacia NOS DIAS ATUAIS.
The Last House on the Left é um dos responsáveis por filmes como: A vingança de Jennifer, O Massacre da Serra Elétrica, Sexta Feira 13 entre muitos outros. Te encanta pela criatividade e pelo bom roteiro que tem muito a dizer. Um conselho: Se você quiser ter uma experiencia mais assustadora, procure pela versão UNREATED para ver cenas cortadas do filme original, cenas perturbadoras. Agora, se você busca ver o que o filme representou na época, ver de uma forma mais amistosa, procure a versão original.
ASSISTA AO TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=8W9KPhmYYtg
Dados de Viagem:(Ano Estelar-1253.0)
Data de Lançamento: 30 de Agosto de 1972.
Local: Filme Estadunidense.
Guia de Viagem (Diretor): Wes Craven.
Título Brasileiro: Aniversário Macabro,
Matheus Krug Amaral
"Um filme muito inteligente, que traz mensagens bem perturbadoras. Obrigatório para os fãs de terror."
Em uma viagem para Havana, Don é abordado por uma poderosa cyber-terrorista que o obriga a trabalhar através de chantagem. Agora cabe a Don tentar se livrar das garras desta maléfica vilã, enquanto seus amigos salvam o mundo.
Velozes e Furiosos já virou uma entidade em Hollywood. Se existe-se o deus da "excitação pop" ele se chamaria O Veloz Furioso. Falar mal de Velozes e Furiosos só não é clichê, mas como também não é totalmente certo, visto que sempre que ele nos proporciona A MESMA COISA mais uma vez, a bilheteria estoura absurdamente.
A trama aqui é mais uma vez simples e serve mais como um plano de fundo para boas cenas de ação. Esqueça o que você viu no trailer sobre o Don abandonar a família, aquilo é apenas um recurso para dizer "temos uma novidade, só que não temos!".
Mesmo tendo uma trama simples e muito familiar, o roteiro sabe muito bem como agradar seus fãs. Velozes e Furiosos, hoje em dia, nada mais é do que uma metáfora para uma vida de curtição e agito, onde nossas maldades são liberadas e revelamos quem somos de verdade, mas no final sempre voltamos para casa, porque família é o que realmente importa. Que fofo!
Velozes sabe muito bem como viver por nós todo os agito e curtição que não poderemos viver, seja por medo, ou porque a física não permite.É isso! É como curtir uma louca noitada na balada, só que sentado na cadeira e comendo pipoca.
Quer um exemplo disso em três diálogos:
Personagem 1: .... Nada disso, você vai levar o seu irmão!
Personagem 2: Ah não mãe!
Eu: Vão tomar no C#
Agora vamos o que o filme sabe fazer de melhor: Cenas de ação mirabolantes junto a um bom ritmo.
A qualidade técnica aqui é excelente, as cenas são muito bem feitas, muito bem coreografadas e agora elas brincam delas mesmas. É impossível não rir com cenas de ação tão fantasiosas e o filme sabe disso, escapando de más críticas através de um humor bem atenuado.
A câmera aqui é muito gostosa de se acompanhar, sem tremer demais e sem cortes frenéticos; você acompanha, entende e se diverte. Boa cinematografia e boa edição!
Mas o trunfo aqui são os efeitos visuais. Sem Spoilers, mas há uma cenas com tantos carros destruídos que você vê CARROS DESTRUÍDOS. É incrivelmente bem feito.
Os personagens são mais uma vez aqueles esteriotipos que nunca mudam. Don é um bandido Super-Heroi, Let é... a mulher dele, Roman é o pícaro que já não tem mais graça nenhuma entre outros.
Sem aprofundamento, sem substantiva e sem atuações que exijam demais do seus atores. Quero das um destaque para a Charlize Theron que, dos atores, é disparado a melhor do filme. Ela traz uma atuação bem despretensiosa e divertida, conseguindo dar charme para a personagem e se divertir muito no processo.
Kurt Russel que é o meu preferido do filme, interpreta um coadjuvante em um filme onde os protagonistas não tem substancia, não espere nada.
Agora, o que ME irritou neste filme, foi o péssimo personagem de Scott Eastwood. Ele está lá apenas para ser o perdedor, só isso! É apenas um personagem para a turminha "nice guys" do Don ter quem zuar, ai também é muita zueira comigo. Ele, em nenhum momento tem um mínimo motivo para estar lá. Lembre-se: Sem perdedores não existem vencedores!
Se você gosta de filmes com profundidade, desenvolvimento e argumentos, ou se você apenas curte uma estória com coerência, talvez esse não seja um filme para você. Agora se você curte empolgação e cenas de ação muito bem construídas, talvez você consiga desfrutar o que tem de bom Velozes e Furiosos 8.
Dados de Viagem:(Ano Estelar-1234.1)
Data de Lançamento: 13 de Abril de 2017.
Local: Filme Estadunidense.
Guia de Viagem (Diretor): F. Gary Gray.
Título Original: The Fate of the Furious.
No Ensino Médio, tudo parece ir mal na vida de Clay Jensen. Ele não é um cara de muitos amigos e parece ser o único que está sofrendo pelo infeliz suicido de sua amiga Hannah Baker. Tudo está aparentemente normal até o dia em que Clay recebe 13 fitas cassetes gravadas por Hannah, onde a mesma conta, passo a passo, os motivos que a levaram ao suicídio.
Eu comecei a ver 13 Reasons Why simplesmente porque era uma nova serie Original Netflix. Depois de dois capítulos assistidos, entrei nas redes sociais e me deparei com um grande problema: Dois grupos de radicais que ou condenam ou defendem a serie com unhas e dentes, e não falo apenas dos espectadores, críticos e jornalistas também entraram na dança. Não fui muito afundo no assunto antes de entender o porque deste "frisson" e, é claro, concluir a serie.
Quando a conclui, percebi que um dos grupos diz que o problema é a irresponsabilidade com que a serie trata problemas como depressão e suicídio. Já o outro grupo diz que está bem retratado, mas algumas pessoas não conseguem entender. Na MINHA opinião, o problema dessa discussão é o seguinte: Não abordamos estes problemas como deveriam ser abordados. Sendo assim, o choque imediato atinge todas as pessoas.
A serie se inicia nos apresentado o ""loser"" Clay Jensen e o ambiente em que vive. Quando Clay recebe as fitas e se da conta que se trata de Hannah contando os motivos que a levaram ao suicídio, o mesmo entra em uma especie de jogo criado por Hannah. Muitos mistérios começam a aparecer e mais pessoas estão ligadas as fitas.
Quando me deparei com o estilo do primeiro episodio, pensei, "Nossa, a garota morre e deixa uma especie de Jogos Mortais como vingança, muitas pessoas não vão levar isso a serio." E foi ai que eu percebi o fato número 1: A serie está conversando diretamente com um público mais jovem. E com o decorrer da trama, esse elemento fica bastante bastante aceitável.
Os problemas reais aqui, é que a serie nos apresenta a trama principal logo de cara e depois cria uma barriga gigante até os eventos realmente importantes voltarem a aparecer. Nesse meio tempo, a barriga é alimentada com outros diversos problemas da nossa sociedade que não são abordados como deveriam e com subtramas que vão agradar quem está vivendo algo semelhante ou já viveu e ainda está muito fresco na memoria. O ponto fraco de serie é este: Ela passa por muitos problemas sociais, e isso é bom, mas alguns só estão lá para mostrar "OLHA COMO SOU CORAJOSA, ABORDO DIVERSOS TEMAS IMPORTANTES". Assim também não funciona né, se você que abordar algo, aborde direito, não passe correndo. (E mais uma coisa: Você quer que eu acredite que um garoto igual o Clay, ansioso, vai ouvir aquelas fitas naquela lerdeza! Eu já teria ouvido aquelas fitas umas cinco vezes no mesmo dia. Isto é o que? Falta de rimo).
O trunfo da serie é que ela retrata bem como as relações pai e filho funcionam e como o sistema de ensino está errado. A crítica principal é esta: Nossas relações uns com os outros precisa melhorar, não tem jeito, PRECISA!
Os personagens são muito bem inseridos e quase todos contam com bons diálogos e até um bom desenvolvimento. A maioria deles carregam aqueles leves clichês de sempre, mas aqui eu digo clichê da melhor maneira possível, pois eles são necessários para mostrar a ideia que as pessoas, e principalmente os mais jovem, acabam vivendo aquilo que acreditam ser.
Praticamente todos os atores combinam bem com seus personagens. Vou dar um destaque para Bryce, seu personagem é um dos mais profundos, acreditáveis e bem atuados da serie. Em termos de roteiro, é o meu personagem preferido, seguido por Justin, Clay, Jessica e os Sr e Sra Jensen. (Tony fica bem legal quando a serie está chegando ao fim, ele ganha peso e profundidade, no começo ele é apenas um maluco Stalker).
Conforme a serie avança, alguns episódios se iniciam com mensagens como: Este episódio contém cenas fortes que podem ser consideradas perturbadoras para o público mais jovem. Isto nos leva ao fato 2: Estes temas ainda são tão pouco comentados e tratados da maneira errada que a serie não está sabendo direito quem é seu público. Se você escolheu um público, respeito, prove para ele a trama principal. Fazendo isso, você cria mais polêmica em cima de si mesmo, visto que a ideia aqui é desmistificar. Não considero isso um problema serio, e sim, admiro a coragem da serie.
Falando de Hannah, sua jornada é contada através dos Flashbacks que vão caminhar até o suicídio. Lembre-se: Não vou julgar nada e nem ninguém, eu sei que depressão é uma doença, e sei o que ela pode nos levar a fazer, e também sei como as pessoas no mundo tratam a depressão de forma MUITO errada. Perceba que conforme vamos vendo Hannah e seus motivos, eles são compreensíveis e até acreditáveis, mas EU não acreditei no suicido dela.
Não foram nos motivos dela que eu não acreditei, mas eu nenhum momento ela parecia disposta a tirar a própria vida. Colocaram Hannah como uma garota que entra do banheiro masculino, enquanto os homem estão se trocando para brigar, isto mostra uma pessoa forte, uma pessoa que se defende e que quer viver. Não estou dizendo também que pessoas depressivas ou suicidas tem que se mostrar fracas e indefesas, NÃO! Pelo contrario, as pessoas que escondem são a que devemos cuidar com mais cuidado e carinho. Mas, para uma obra, eu preciso de elementos que justifiquem as ações, se não, fica desacreditável.
Um exemplo (Spoiler neste capitulo): Quando Hannah decide dar uma chance e vai falar com o Sr. Porter na escola, eu pensei: Esse cara realmente deu toda a atenção que ele conseguiu, ele se mostrou muito aberto para ela, me perdoem se eu estiver errado.
Admiro 13 Reasons Why pela qualidade técnica, pelo bom trabalho de atuação e pela coragem de trazer a tona vários problemas que precisam ser discutidos: Não apenas a depressão e o suicido, mas também o sistema social escola que está MUITO ERRADO e o principal que a serie mostra muito bem: A PORRA DA CULTURA DA LEI DO MAIS FORTE! Ninguém é melhor do que ninguém, ninguém é errado, ninguém é diferente, ninguém é atrasado! Por Favor, parem de acreditar nisso e parem de tratar os outros assim.
Perceba que quando você está apenas conversando com alguém, aquela conversa simples e inocente, vocês estão, pelas entre linhas, lutando para ver que tem o pau maior, em outras palavras quem é o superior e o dominador. ISSO TEM QUE ACABAR! Isso não é amizade, não é bondade e não é carinho.
Vi algumas pessoas dizendo que não é bom assistir essa serie, porque ela tira o equilíbrio e ensina coisas erradas. Não vou dizer que é uma serie fácil e ela tem muitas coisas ruins e malfeitas, mas eu acredito que o problema não é a serie e sim a nossa sociedade. Eu confio nas pessoas e acredito que essa serie possa ser assistida sem nenhuma preocupação em relação a isso.
Para falar com o centro de valorização da vida, disque: 141.
Dados de Viagem:(Ano Estelar-8624.1)
Data de Lançamento: 31 de Março de 2017.
Número de episódios: 13.
Local: Serie estadunidense.
Guia de Viagem (Criador): Brian Yorkey.
Título Brasileiro: Os treze Porquês.
Fita 15, Matheus Amaral.
"Vou ser sincero e dizer que não gostei da serie, mas ela não deixa de ser válida para algumas pessoas.
Gostaria de pedir perdão a todas as pessoas que eu já possa ter magoado. Poso parecer um "escroto" que só pensa em cinema, mas se algum dia alguém quiser desabafar, apenas para começar, Posso estar aqui para ajudar, sempre muito discreto."
A Vigilante do Amanhã! O título brasileiro que já contava sobre o que o filme se tratava. Não demos atenção porque foi uma péssima escolha, pois é!
Em um futuro onde a tecnologia e o homem já conseguem se fundir como um só; Mira Killian, após sofrer um acidente e ter seu cérebro unido a um corpo cibernético, é colocada como comandante de um esquadrão que luta contra o crime cibernético.
Não é novidade para muitos que Ghost in the Shell trata-se de um mangá que virou diversas animações, e em destaque temos a excelente adaptação de 1995, que apontou os problemas da sociedade pelo crescente avanço da tecnologia. E não parou por ai!
Ghost in the Shell em sua essência abora os problemas SOCIAIS sobre o avanço da tecnologia. A animação de 1995 mostra uma protagonista que luta constantemente com essas dualidades e sempre se questiona sobre: O que é ser humano? Já o antagonista surge do infinito universo tecnológico que nós criamos: Ele não é uma criação nossa, mas ao mesmo tempo é! Ele é um problema social.
O filme de 2017 abandona o tal Drama Social e busca focar no EU. Acompanhamos Major em sua constante luta em descobrir quem ela é de verdade; essa trama puxa muito mais elementos sobre o que a tecnologia pode fazer com um único ser e não com o todo, e para quem gosta e conhece Ghost in the Shell, isso é decepcionante.
A decisão de mudar o cerne da obra, pode ser explicada pela necessidade de tornar a estória mais acessível ao grande público, pois facilita a compreensão e da um tom de entretenimento muito maior. Lembre-se que o maior interesse de cada pessoa é sempre ela mesma, e um Drama Social sempre coloca nossa mente para trabalhar. Um exercício cansativo!
Em mais ou menos 40 minutos de filme eu estava pensado assim: OK! Posso compreender a necessidade de Hollywood em criar filmes mais simples e escapistas. O filme traz bastantes elementos bons da obra original e vai instigar a curiosidade das pessoas. Se for um bom filme de ação com os conceitos de plano de fundo EU aceito. Mas não foi isso que aconteceu! Depois da metade do filme as cenas de ação param e o "Drama" pessoal da Major começa a ficar chato e desinteressante.
Em ternos estéticos não a sobre o que falar mal. As maquiagens, os efeitos visuais e principalmente os práticos criam um espetáculo, tanto nas cenas de ação quanto nas paisagens. Perceba quantas vezes as paisagens da cidade aparece, talvez ela esteja mascarando alguma coisa!
A direção de Rupert Sanders traz ótimas referencias a aminação de 1995, cenas de ação muito cruas e criveis, mas o filme fica constantemente oscilando entre um filme de ação futurista e um drama contemplativo.
Eu sei que a trilha sonora da animação é ótima e memorável, mas vamos dar um pouco de crédito aqui! As trilha criada é ótima e compõe o filme muito bem.
Antes de encerrar, é necessário falar de Scarlett Johansson e seu empenho em criar um bom personagem. Sua atuação de uma mulher que ainda tem uma humanidade, mas está escondia entre fios, lutando sempre para sair é excelente. Ela é uma boa atriz dramática e uma boa atriz de ação.
Ghost in the Shell erra mais que acerta, mas sua qualidade técnica e seu roteiro simples podem agradar e instigar a imaginação de que não conhece a obra principal, por isso é um filme válido! porém assim que você imergir no mundo de Ghost in the Shell este filme ira ficar completamente esquecível.
Olá Viajantes! Quem está em 2017 provavelmente já conheceu a mais recente obra de M. Night Shyamalan: Fragmentado.
Um dos pontos fortes deste filme é a curiosidade e a leve admiração que temos pelo transtorno de Kevin. Algo que só funcionou com perfeição a junção de um bom roteiro com uma excelente interpretação.
Este artigo visa analisar as personalidades de Kevin que tiveram maior destaque no filme. Vamos tentar descobrir como elas nasceram e porque são tão criveis. Claro que tudo que vou falar é apenas a minha opinião sobre o filme.
Aqui não falaremos sobre ciência, mas sim sobre cinema: Construção de personagens e ambiente. Para tentar descobrir porque algumas personalidades de Kevin foram tão criveis e outras, para algumas pessoas, não são.
Kevin Wendell Crumb:
Kevin é o pilar, a personalidade principal, que nasceu e começou a conhecer o mundo. Ainda não tinha certeza de qual era o seu EU devido a sua idade. Não tinha a capacidade de controlar o seu ego.
Logo no inicio da infância, Kevin foi abusado pelos pais. Sua mãe extremamente punidora e perfectionista que o tratava que nem "animal", criou dentro de casa um animal acuado, uma concha recheada de medo e frustração. Kevin vê o mundo ao seu redor como frio e cruel.
O único jeito que Kevin agia em que sua mãe não o destratava era quando ele limpava e arrumava a casa. Quando a tempestade passa, podemos ver as coisas com mais clareza e os julgamentos aparecem. Kevin via o se EU como algo desprezível e inseguro, algo que ele odiava e não gostaria de ser. Isso gera uma forte raiva do mundo e de si mesmo, uma necessidade forte de não ser aquela pessoa fraca e desprezível. Porém, em sua mente Kevin já acredita ser aquela pessoa, sendo assim, você não pode quebrar ou abandonar você mesmo, mas pode proteger!
Lembre-se da frase de Ralph Waldo Emerson: “O homem é aquilo que ele costuma pensar durante o dia todo.”
Dennis:
Dennis surgiu da raiva, é a força de Kevin para proteger ele mesmo. Dennis vem como uma figura paterna, seu objetivo é proteger a fraqueza de Kevin, a qual ele despreza, do mundo exterior.
Dennis também surge devido a necessidade de Kevin de se gostar, de ser alguém digno, alguém que luta.
O desprezo e a falta de amor próprio é o que separa Kevin de Dennis, mas você não é ninguém sem seus arquétipos, sem suas características únicas, sem a vivencia acumulada que seu consciente insiste em chamar de EU, então o que faz Dennis ser uma personalidade única?
Seus trejeitos! Dennis surgiu quando Kevin limpara a casa para não sofrer a ira de sua mãe, então o toque e a necessidade de deixar tudo limpo é o que diferencia Dennis de Kevin. E a necessidade de reforçar o EU que todos nós temos.
O toque de Dennis diz muito sobre sua personalidade: A necessidade de ver tudo limpo, sem sujeiras em outras palavras: Sem imperfeições e sem fraquezas.
A vontade vergonhosa de Dennis de ver mulheres nuas dançando talvez tenha surgido da frustração sexual masculina de um homem adulto!? Pode ser.
Como já dito, Dennis surgiu da raiva, da necessidade instintiva de Kevin de se proteger. Dennis não gosta da fraqueza e o EU de Kevin é basicamente a fraqueza, a convivência pode ser insuportável. Kevin ainda é incompleto:É impossível conviver com um crítico fervoroso, com alguém tão obstinado em destruir as fraquezas que acaba criando ódio da mesma, Mais sentimentos começam a surgir...
Patricia:
Está vem como uma força materna. Uma força apaziguadora. Patricia faz o papel de sábia e de compreensiva. É a necessidade de Kevin de humanizar suas fraquezas e se reconhecer como alguém importante que precisa de orientação.
Repare que Patricia é feminina, reforçando o EU materno e se diferenciando de Dennis. E o que deixa sua personalidade única é sua vontade de conhecer, sua leve sabedoria sobre o mundo e sua grande familiaridade com a humanidade: Ela diz durante o filme muitas curiosidades sobre diversos assuntos, e seu foco principal é a humanidade, saber pentear cabelo, cozinhar, enfim, reconhecer os humanos como seres que erram. E isso é normal!
Orwell:
Está personalidade aparece muito rapidamente e temos uma visão um pouco menor sobre ela, mas temos uma visão! Orwell é a personalidade inteligente, a necessidade forte de compreender o mundo e ter uma visão mais racional sobre o mesmo.
Orwell traz a imparcialidade, ele não pende nem para o bem e nem para o mal, em outras palavras, ele não repudia Kevin e nem o Ama.
É a necessidade de Kevin de ver seu problema de uma maneira mais objetiva, sem os sentimentos. É a nossa vontade de compreender o mundo para se sentir um pouco fora dele.
Jade:
Está aparece por muito pouco tempo. Sua reforço ao eu é externo e não interno: Sua diabetes e sua necessidade de aplicar insulina. Talvez Jade só exista para reafirmar que a doença de Kevin exista e que ela é normal. Ela autentifica todas as outras e não faz Kevin se sentir um lunático,
Ela ser mulher e Kevin ser um Homem também reforça a idea de que personalidades distintas podem coexistir.
Pereba que quando Jade vem ela diz que Kevin não lida bem com a REALIDADE!
Barry:
Vamos dizer que está é a personalidade de Kevin mais "real". Barry vem da necessidade de Kevin de ter uma vida normal e de ser normal. É a personalidade que não esta focada em Kevin, mas sim em seu trabalho. Este é o seu amor!
Repare que Barry é um Homem, porque Kevin é um homem. Se Barry é Homossexual ou não, isso não ficou tão claro, mas o fato é: Este é um simbolo de diferença! O proposito de Barry é ser diferente das outras PERSONALIDADES!
Por essas razões Barry ficava no comando - Ele é o mais próximo que Kevin chegou de ter uma vida normal, de ser alguém livre do trastorno.
Mas a personalidade de Barry afoga quem Kevin é de verdade, um garotinho assustado e inocente! Por isso um reflexo de Kevin surge.
Hedwig:
Este aqui representa Kevin em essência, aquele garotinho que toma broncas e que nunca se recuperou totalmente dos traumas.
O EU de Hedwig é reforçado pela inocência: A necessidade "infantil" de reforçar o EU e dizer sempre quem é, através de gostos e bens materiais com brinquedos.
Hedwig mostra o lado em que todos somos inocentes sobre a vida e SEMPRE seremos. Não importa o quanto amadurecemos, aquela criança que sempre quer mostrar quem é e não sabe muito sobre a vida é COMPLETAMENTE atuante em nós.
Como Hedwig é a essência reprimida de Kevin, e a mais verdadeira personalidade, ele é o mais forte e consegue ter mais controle sobre as personalidades do que Barry.
Você nunca vai conseguir fugir de quem é!
A Besta:
Está vem do desejo de Kevin de se separar do mundo, de mostrar para todos sua importância. É a necessidade extrema de ficar bem consigo mesmo. Eles não me aceitam porque me acham inferior, mas eu sou SUPERIOR, ou preciso acreditar nisso para me conformar.
A Besta é a personalidade de Kevin que vem para mostrar que a maneira de conviver com a diferença é mostrando sua importância e sua superioridade, mas mesmo assim não funciona! Pois você apenas entra em seus próprio mundo, em suas próprias loucuras e normalidades.
Mas a Besta não é só isso! O que reforça o eu da Besta é o que ela consegue fazer. Ela faz coisas que nenhum ser humano consegue fazer e foi esse elemento que fez muitas pessoas não gostarem do final do filme.
Analisando o EU da Besta, ela mostra a desinibição do que poderíamos fazer sem nossas amarras sociais e mentais. "Você é o que você acredita!" Se vemos casos de TDI reais, encontraremos a mulher que tinha uma personalidade cega e seu cérebro realmente desligava a parte da visão e outra que enxergava normalmente.
O filme brinca com o que o cérebro pode fazer e mostra uma personalidade que conseguiu acessar uma área que nós não conseguimos. Claro que por enquanto é ficção cientifica - Ainda não virou nem fantasia e nem realidade!
Paralelo a isso, a Besta também se assemelha a algo sobrenatural, criando uma excelente dúvida: Será que poderemos explicar cientificamente o que acontece com os espíritos e os demônios? Ou será que eles realmente existem? Aguarem as cenas dos próximos capítulos...
Personalidade 25: Matheus Amaral
"Gostei muito da construção de personalidades, pois todos não deixam de ser um único personagem!"
Suspense, reviravoltas e muito mistério; M. Night Shyamalan volta as telonas, não com o mesmo gás de antigamente, mas com um filme que não pode ser perdido!
Quando três garotas são sequestradas por um misterioso homem que, aparentemente, sofre de TDI, uma jornada por sobrevivência se inicia, enquanto o homem prepara um ritual para a "besta" que está chegando.
- Farei uma analise bem parecida com as outras do site, mas omitindo aqui praticamente todos os eventos do filme, para que sua experiencia não seja estragada.
Esse é um daqueles tipos de filme em que a situação e o ambiente são o ponto principal da trama. Não é necessário conhecer e sentir uma forte empatia pelos personagens: Nós já percebemos que uma situação dessas é horrível, então logo de cara o incidente incitante aparece.
Sentimos empatia com os personagens na hora certa e na medida certa e, enquanto isso, Shyamalan "frita" nossa mente com um mistério bem conduzido e com um leve fascínio pelas personalidades de Kevin. Algo que funciona com maestria devido ao bom roteiro e a INCRÍVEL atuação de James Mcavoy.
A trilha sonora vai na mesma pegada de Corpo Fechado, com leves batidas que sustentam um mistério e ao mesmo tempo algo levemente fantástico.
Dos bons filmes de Shyamalan este é o que menos choca no final e o que mais perdeu ritmo durante o decorrer da trama. Mas não desanime!
Uma subtrama envolvendo a protagonista nos traz uma boa reviravolta, mas deixa o público questionar alguns eventos e algumas pontas soltas. E o evento final deixou a desejar para muitas pessoas, mas pelo motivo errado!
O que eu vou falar não é Spoiler, mas se você não quiser saber NADA, pule os próximos dois capítulos,
O final do filme nos traz uma reviravolta com um pouco de ficção cientifica e deixa aquele leve gostinho de sobrenatural, para criar as contradições certas.
Mas, O PÚBLICO e não o filme tem suas crenças pessoais que nublam a visão. Perceba que quando vamos ver um filme, inconscientemente o gênero do mesmo está em nossa cabeça e esperamos que certas regras sejam respeitadas. Quando o filme for sobrenatural cabeças girando e vomito verde são aceitáveis, mas quando estamos falando de uma doença as regras do mundo "real" precisam ser respeitadas. Mas, e quando eventos sobrenaturais podem ser explicados cientificamente? Temos uma ficção cientifica e eu mexi com as suas crenças, eu incomodei você! - Apenas perceba que o filme não mudou de tom nem de gênero, ele apenas não expôs em qual das áreas ele está atuando (Sobrenatural ou não) Ele diz: Tire suas conclusões.
O epilogo traz um final aberto, pois o que vem depois é outra estória, mas ele deixa claro o que vai acontecer em seguida e acerta em passar suas mensagens.
Depois que o filme encerra, vem mais um cena em que muda a perspectiva mais uma vez e deixa um ótimo gostinho na boca.
Fragmentado é um filme com uma boa direção e um bom ritmo que se destaca pelo bom desenvolvimento das personalidades de Kevin e principalmente pela excelente atuação de James Mcavoy. MERECE SER VISTO!
ASSISTA AO TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=CWixUrbq6y8
Dados de Viagem:(Ano Estelar-136876.1)
Data de Lançamento: 17 de Março de 2017.
Local: EUA (Filme Estadunidense).
Guia de Viagem (Diretor): M. Night Shyamalan.
Título Original: Split.