segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Crítica | A Chegada (2016)




"Ficção Cientifica das boas, conceitos de espaço-tempo e poeira cósmica, um tanto filosófico, protagonista feminino... Não tinha como ser ruim!"

Quando naves espacias aparecem em quantos diferentes do mundo, o exercito estadunidense chama a linguista, Dra. Louise Banks, e o cientista Dr. Ian Donnely no objetivo de tentar estabelecer algum contado com os seres extra-terrestres.

A Chegada já ganha o publico em sua premissa, que passa uma estória sobre alienígenas: séria, filosófica, com valor de entretenimento e uma curiosidade absurda que percorre do inicio ao fim. Traz um tom de originalidade mesmo tendo elementos de outras estórias.

Sua execução, para a nossa alegria, é praticamente tão boa quanto sua premissa. Temos aqui um roteiro muito bem substanciado; que sabe caminhar no ritmo certo e não tem pressa de contar uma boa estória - Cada pequeno momento é uma grande aventura, assim como nossas vidas. Esse é um tipo de escrita muito delicioso, que sabe agradar tanto os fãs do Sci-Fi, quanto o publico geral.

Juntando o bom ritmo a personagens muito honesto e criveis; onde TODOS tem uma razão para existir e participar da estória. Com ótimos diálogos e arcos dramáticos, até os antagonistas dos trazem uma certa empatia.



Todos os ótimos atores que participaram do filme contavam, felizmente, com um excelente material para trabalhar e deram um verdadeiro show. Mesmo Amy Adams sendo a estrela principal com sua atuação digna de aplausos, todos tem o seu momento.

A direção de Villeneuve passa por planos bem centralizados, e tomadas bem calmas, que visam a grandiosidade e também a pequinesa de todos os eventos. Muitos planos Gerais que refletem o tom grandioso, mas ao mesmo tempo mostra como somos poeira cósmica.

A Chegada sofre com alguns problemas, como a dificuldade de segurar a trama principal, com algumas subtramas que são um pouco chatas e em alguns momentos, clichês. Mesmo tendo um bom ritmo, em pequenos momentos o filme se arrasta um pouco.



E o Clímax da estória é pra fazer o publico refletir, pois a resposta não será direta e todas as informações não estarão exatamente lá. Não saia do filme reclamando disso, saiba se posicionar antes de sentar na poltrona.

O Clímax e a resolução mostram como somos pequenos e com um simples vento podemos desaparecer ou o curso de nossas vidas pode ser seriamente adulterado. E o filme não se restringe apenas nos humanos da Terra; o objetivo dos Extra-Terrestres terem vindo para cá reflete que eles também são poeira e se enquadram perfeitamente desse quadro.

A Chegada é um dos melhores filmes do ano, e conta com um excelente roteiro, uma excelente direção, um trabalho de atuação digno de aplausos, efeitos visuais muito bonitos e que sabem compor e contar uma boa estória.

ASSISTA AO TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=rNciXGzYZms


Dados de Viagem:
Data de Lançamento: 24 de Novembro de 2016
Local: Estados Unidos.
Guia de Viagem: Dennis Villeneuve.


O Viajante 0, Matheus Amaral: Excelente filme, em minha opinião um dos melhores de 2016, quem ama Sci-Fi se deliciara.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Crítica | It - Uma Obra Prima do Medo (1990)


"Terror familiar, nostalgia dos anos 80 e livre de vários clichês. It consegue se desprender de algumas convenções do gênero terror e faz uma das adaptações mas fieis e bem feitas do cinema".

Uma criatura aparentemente paranormal, que caminha travestida de palhaço, começa a atacar crianças em uma pequena cidade no Maine. Michael Hanlon, um bibliotecário local, foi um dos sobreviventes desse mesmo terror a 30 anos atrás, e começa a chamar seus amigos que juraram destruir a "coisa" se um dia ela retornasse.

Despreocupado em seguir os padrões convencionais da escrita clássica, mas seguindo; temos aqui uma estória grandiosa, que gerou um ótimo roteiro.

It, não está preocupado em apresentar uma sugestão de terror e desenvolve-lá até um clímax arrepiante. A estória foca na caminhada, no convívio constante com algo diabólico e principalmente na questão: Será que é possível vencer depois de tanto tempo? Quando existem cicatrizes que se recusar a sarar, a resposta pode não ser positiva.

Para ilustrar melhor o que quero dizer, O filme inicia com com o incidente que desencadeia a trama principal, mas quando Michael liga para cada um de seus amigos, toda a estória e suas subtramas é contada através de Flashbacks de 30 anos atrás. a trama principal só volta para o ato final de uma caminhada que gerou cicatrizes incuráveis para a vida daquelas pessoas.

Sendo assim, It se desprende um pouco do que já conhecemos, mas ao mesmo tempo TODOS os elementos da escrita clássica está lá. Espere diferenças, mas não novidades.


Ao mesmo em que a "Coisa" é uma criatura metafórica e filosófica, consegue ser apenas um mostro para um filme de terror mais infantil. Suas diversas camadas nos fazem refletir sobre que ela realmente representa? Pessoalmente falando, It trás muitos elementos que se assemelham a pedofilia, mas EU nunca consegui descobrir o que ela realmente representa, visto que ela se manifesta diferente de pessoa por pessoa, e todas carregam um fardo muito diferente em relação a ela.

Analisando isso, descobri que a "Coisa" reflete um demônio pessoal, um trauma profundo que guardamos dentro de nós. e que não saber o que ela é de fato, é o que faz a trama ser assustadora.

Outro fator que marca o triunfo dessa estória é como os adultos que sofreram com a "Coisa" quando crianças, agem no futuro. Indiretamente suas ações refletem que o trauma ainda não morreu e que eles vivem para tentar compensar esse trauma. Isso diz muito sobre todos nós.


Temos aqui um filme de 3 horas, e essa é a sua maior audácia. mas sei que algumas pessoas vão fugir desse filme e não estão erradas, visto que é necessário saber se posicionar. 

Mas lembre-se, o filme conta com um roteiro que não fica em nenhum momento arrastado, com muita substancia, muita química e empatia pelos personagens e um clímax que decepciona um pouco.

O maior problema dos filmes inspirados nas obras de Stephen King é o fato de que os livros o Sr. King trabalham muito com o fracasso humano e o  terror descritivo, que nos faz, através de palavras muito bem escolhidas, imaginar situações terríveis que para a linguagem do cinema, que visa mostrar e não contar, muitas cenas ou não ficam muito assustadoras ou precisam ser muito alteradas.

A direção do filme sabe conduzir muito bem os atores, não é muito criativa em termos de movimentação de câmera: É tudo muito estático e em algumas cenas a muito pouco movimentação, mas nada que atrapalhe a estória.

O filme podeira ter tido um orçamento maior, isso acabou afetando um pouco.

Mas o filme acerta muito no Desing da cidade, no figurino de todos os personagens, que nos trás uma emoção maior em relação ao filme,

It é um filme com mensagens poderosas, pode decepcionar um pouco os fãs de terror e até mesmo os fãs de um cinema mais hardcore, mas o Show aqui é sua trama fantástica e muito bem traduzida para a linguagem cinematográfica.

ASSISTA AO TRAILER:  https://www.youtube.com/watch?v=ToGGItQjutk


Dados de Viagem:
Data de Lançamento: 18 de Novembro de 1990 (Para a televisão)
Local: Derry, Maine
Guia de Viagem: Tommy Lee Wallace.


O viajante 0, Matheus Amaral: Amo esse filme, todas as suas mensagem e o clima que ele consegue criar me marcou muito.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Crítica | Animais Fantásticos e Onde Habitam (2016)



"Nostálgico, atraente, cativante, mas com ressalvas; o novo filme ambientado no Universo de Harry Potter, traz uma trama aparentemente menos grandiosa, que visa mostrar elementos mais sérios e políticos do NOSSO mundo, porém ao mesmo tempo iniciar uma nova era no mundo da magia, onde eu não consigo enxergar o novo protagonista inserido."

Newt Scamander é um Magizoologista que viaja para Nova York com um intuito de pegar um "presente". Lá alguns de seus animais acabam escapando de sua mala, fazendo com que Newt embarque em uma pequena aventura para recupera-los, e no final ajudar Nova York com um problema coincidentemente semelhante.

Estamos de volta ao mundo da magia, a nostalgia é grande, mas o que é este filme? Vamos analisar: Se este fosse um filme Spin-off fechadinho, com inicio meio e fim e que nos provasse uma visão de mundo através de uma TRAMA principal, o filme seria MUITO melhor.

Todavia, Animais Fantásticos é um filme que visa introduzir mais uma era de cinco filmes no mundo da magia. Isso é um problema? para um filme, não! mas, para o cinema Estadunidense que aparentemente está com dificuldades de encerrar todas as sagas do mundo, isso é um problema. Mas vamos nos ater ao filme em especial.

Porque eu disse tudo isso? Devido ao fato de ser um filme introdutório, ele já inicia errado. Não nos apresenta o protagonista, seus motivos e o seu mundo devidamente, Nós já conhecemos as regras desse mundo porque assistimos Harry Potter, mas estamos em outro pais, em outra época com um protagonista com cargas emocionais muito diferentes É necessário aprender antes de se divertir.



Ao invés disso o filme inicia como se fosse um Spin-Off divertido e gostoso de se assistir. Errando na proposta.

Passando disso, temos um roteiro que não sabe muito o que quer, mas sabe substanciar bem o protagonista, sabe trazer ótimos elementos para o novo mundo (As diferenças do ser um bruxo na Inglaterra e nos Estados Unidos é uma das melhores coisas que tem nesse filme), consegue trabalhar bem com temáticas mais serias como o preconceito e criar um mundo mágico mais adulto e malicioso. (FINALMENTE!!!!)

O roteiro também abusa um pouco nas coincidências, a junção da trama principal com o antagonista é um pouco forçado, E porque os "Trouxas" sempre te que ser idiotas? O alivio cômico é péssimo e acerta apenas em alguns momentos, porém a empatia que o personagem "Trouxa" traz é boa.


O filme conta com uma ótima ambientação dos anos 20, que se junta a elementos do roteiro como a Primeira Guerra Mundial e a um excelente trabalho de fotografia e figurino. A paleta de cor meio azulada e envelhecida, mas ao mesmo tempo vibrante sabe como compor o tom do filme.

A direção é boa, mas um tanto acomodada, nada que vise algo novo, apenas o que já conhecemos.

O 3D tem vários momentos de Triunfo, mais uma vez vale a pena.

E a uma sequencia em especial dentro da maleta de Newt que reflete uma das melhores cenas desse filme, consegue dizer o que esse mundo mágico significa.

Os atores fazem o melhor com o que tem na mão, Eddie está excelente, Katherine nos traz um personagem muito interessante e Dan Folger trabalha bem com o que tem em mãos.

Animais Fantásticos e onde Habitam nos traz muita nostalgia, uma ótima ambientação, um roteiro que tem dificuldades de acertar o tom, tem finais além da conta, mas tem o grande mérito de fugir de UM clichê em especial em um de seus finais e conseguir divertir o publico em contexto geral.

ASSISTA AO TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=2yRn-FN2Tdg


Dados de Viagem:
Data de Lançamento: 17 de Novembro de 2016
Local: Nova York, Estados Unidos
Guia de Viagem: David Yates.


O Viajante 0, Matheus Amaral: Senti uma nostalgia imensa, mesmo não sendo tão fã, mas queria ver um filme mais divertido e que se encerrasse no clímax sem deixar pontas soltas.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Análise | Marte 1° Temporada - 1° Episódio


"É grande, emocionante e muito bem trabalhada, o primeiro episódio da mais nova serie do National Geographic sabe muito bem transitar entre ficção e realidade, e nos brinda com uma empolgante e inteligente aventura."

Marte, como já dito, se divide em duas partes: O documentário, onde é mostrado todos os estudos, esforços e experiencias reais das grandes mentes envolvidas diretamente e indiretamente no processo de levar humanos para Marte.

Nesta parte, onde mentes como Elon Musk, Neil Degrasse Tyson e entre outros gênios falam, podemos aprender como o processo de levar humanos a Marte se desenvolve e entender o porque desta missão ser grandiosa.

Podemos sentir também, a ficção que inevitavelmente existe em todos os documentários e também um certo "Hype" que quase faz parecer um documentário ficcional, mas em nenhum momento parece.

Na Ficção, no ano de 2033, é onde encontramos a real justificativa. Nela, acompanhamos a gloriosa missão de tentar chegar até Marte. E essa missão é apenas o começo.

Aqui podemos sentir toda a grandeza, a glória e a importância que essa missão significará para nós um dia. E também faz com que a parte do documentário fique muito mais empolgante. É de prender  sua atenção.

A ficção conta com um ótimo roteiro, que sabe conduzir bons diálogos, trazer bons momentos de empolgação, principalmente porque sabe a hora de pausar e percorrer pela calmaria e pela reflexão.

O design de 2033, não muda praticamente nada do de 2016. Foi uma decisão tomada, visto que a serie quer nos passar algo que seja REAL, palpável e muito próximo. Um design mais futurista traria um tom de ficção e distancia para o publico, mesmo que em 2033 é muito pouco provável que a tecnologia sera igual ou parecida.

O episodio piloto de Marte soube chegar com tudo, e promete uma serie emocionante, criativa, e muito inteligente. VAMOS AGUARDAR !


O viajante 0, Matheus Amaral: A serie promete!

domingo, 13 de novembro de 2016

Crítica | Águas Rasas (2016)

"Tenso, assustador, provocativo, e muito bem conduzido. Águas Rasas sabe muito bem como agradar os fãs do gênero e nos brinda com um excelente filme sobre tubarões. Algo que eu achava que nunca mais veria."

Nancy decide viajar para uma ilha "secreta", que sua mãe conhecia, para fugir um pouco dos problemas da vida. Lá ela é surpreendida por um tubarão, que a encurrala em uma pedra e Nancy se vê forçada a lutar para sobreviver.

Temos aqui uma estoria simples, ao estilo 127 horas, e muito bem roteirizada. O filme sabe apresentar os personagens, traz o incidente incitante (o evento que faz a trama girar) de uma maneira brilhante e sabe conduzir muito bem a estória, sem que a mesma fique arrastada ou monótona.

Junte isso a um bom ritmo, bons diálogos e o fato de o filme ter praticamente um cenário; temos como resultado um prato cheio para os fãs do gênero. Mas, tudo que eu falei pode ser simplesmente um convite para algumas pessoas não quererem mais assistir ao filme, é tudo uma questão de saber se posicionar, apesar que esse filme terá grandes chances de te agradar também. (É apenas um conselho).



A direção do filme não busca inovar, ou criar uma linguagem própria, mas sim trazer um sensação de "Estou em casa!". Os ângulos de câmera da visão do tubarão, os falsos suspenses, o grande plano geral de mar, a câmera submersa, TUDO está aqui.

Mas, em alguns momentos, principalmente quando a licença poética prevalece e especialmente no primeiro ataque do tubarão, os jogos de câmera, o slow motion e a fotografia são excelentes e conseguem trazer uma linguagem visual unica para o filme.

Blake Lively conhece muito bem sua personagem e sabe como dar vida para ela. Você sente uma grande empatia pelo personagem e sua atuação não decai em nenhum momento.



O grande problema desse filme está lamentavelmente no roteiro. Quando o filme chega em sua cena obrigatória, isto é, o momento decisivo da estória: Ou a protagonista leva ou o tubarão. O filme cai para uma cena ridícula que não parece e não combina com tudo que estava sendo construído.

Quando um filme cai no ato final, geralmente ele leva todo o resto com ele, mas nesse caso, essa cena do filme que não conseguiu convencer ninguém, não apaga o filme completamente, você vai terminar o filme muito contente, porém com a sensação de que o final poderia ter sido melhor.

Águas Rasas é um filme que tem uma ótima direção, um excelente roteiro, uma protagonista cativante, cenas muito bem substanciadas, mas com um final que te tira um pouco a emoção.

ASSISTA AO TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=L1Z4grGwblw


Dados de Viagem:
Data de Lançamento: 25 de Agosto de 2016
Local: A Praia secreta.
Guia de Viagem: Jaume Collet-Serra.

O viajante 0, Matheus Amaral: Adorei o filme, foi o melhor suspense/terror de 2016 até agora, vale muito a pena assistir.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Crítica | O Justiceiro (1989)


"Baixo orçamento, muita violência e Dolph Lundgren. A primeira versão do anti-herói mais famoso da Marvel Comics é o melhor filme que temos do personagem e, mesmo assim, não é um bom filme."

Após a brutal morte de sua família nas mãos de mafiosos, o ex-policial Frank Castle embarca em uma jornada de vingança, que só terminara quando todos os culpados do mundo forem punidos.

Temos aqui um filme com uma excelente estória, mas com um péssimo roteiro, que infelizmente mais acerta do que erra.

O ritmo da estória, sua trama principal e as suas subtramas são excelentes. Aqui temos um Justiceiro que respeita e faz jus ao personagem, ótimos vilões, um clima pesado e sombrio, bastante violência e palavrões, e a trama consegue trazer diversos elementos do mundo do personagem, como: seu senso de punição, até onde vai sua bondade e a sua mete perturbada e entre outros.

Mas, o roteiro é muito mal substanciado e vários dos diálogos são muito bobos e autoexplicativos. Todavia, com o decorrer da trama nós conseguimos perceber que a estória em si é boa e conseguimos curtir varias das cenas. (Algumas pessoas mais do que outras).



Outro fator que atrapalha demais esse filme é a escolha do casting, onde alguns atores nos oferecem uma atuação tão ruim que acaba quebrando o ritmo mais ainda.

Dolph Lundgren é a melhor coisa do filme, consegue nos trazer um Punisher completamente perturbado emocionalmente, que não apenas quer vingança, mas também um desejo irracional de livrar o mundo dos culpados. E até hoje Dolph é o melhor Punisher do cinema.

O baixo orçamento do filme não é algo que o puxe para baixo em uma crítica, pelo contrario, visto que apenas reflete o descaso que os filmes de super-heróis sofriam nesse período, e, levando isso em consideração, o filme nos apresenta uma ótima estoria, com boas cenas de ação e o respeito com o personagem dentro de seus limites.



Algumas alterações foram feitas como Frank não ser um veterano do Vietnã e sim um policial, isso incomoda os fãs, mas era o feeling da Época e tem que relevar.

A direção do filme é boa; consegue ser criativa nos jogos de câmeras, sendo coesa, coerente e com uma fotografia boa.

E a trilha consegue compor o filme bem, mas é totalmente esquecível.

O Justiceiro é um filme com uma ótima proposta, uma ótima estória, com um bom ator, boas cenas de ação, mas com um péssimo roteiro. E mesmo assim consegue ser um filme razoável, agradável e o melhor longa metragem do Justiceiro já feito, Por isso ele merece ser assistido.

ASSISTA AO TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=YJVT7FWTPBg



Dados de Viagem:
Data de Lançamento: 5 de Outubro de 1989
Local: Eua, Nova York.
Guia de Viagem: Mark Goldblatt

O Viajante 0, Matheus Amaral: Muitas coisas me incomodam, mas adoro esse filme, já viajei por ele varias vezes e sempre me diverti muito!

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Crítica | Zumbis e Robôs (2013)


"Brucutus, Zumbis e .... Robôs? O longa metragem de Christopher Hatton traz uma premissa que consegue assustar até os fãs do cinema "Trash".

Quando um militar altamente treinado é colocado em uma cidade em quarentena para resgatar a filha do magnata responsável pelo incidente, e, assassinar um informante misterioso, diversos problemas começam a acontecer, atrapalhando a vida do nosso anti-herói.

O filme já começa nos mostrando o incidente que será o ponto de ignição da trama e logo na sequencia a desculpa para o personagem de Dolph Lundgren ser um Brucutu e trabalhar sozinho.

Esse não é um filme de grande orçamento e/ou roteiros profundos; estamos esperando aqui uma estória simples que vá direto ao ponto, com bastante ação e cenas "trash"  (Lembre-se de saber se posicionar, antes de escolher um filme).


O roteiro do filme começa muito bem: rápido, dinâmico e coerente. E o mais incrível é que ele consegue trabalhar bem com os dois gêneros. Tanto fãs de zumbi quanto os de Brucutus conseguem se identificar e se divertir aqui.

Os jogos de câmera do filme são um pouco problemáticos. Há muita câmera tremida e planos muito fechados, que acabam nos mostrando que o baixo orçamento atrapalhou um pouco a ideia que estava no papel.

E na metade do filme, as subtramas começam a ficar chatas, arrastadas, e ROBÔS SURGEM INEXPLICAVELMENTE.

Roteiro simples também não significa incoerência ou que tudo é possível. Nessa parte eu desliguei meu cérebro para continuar aproveitando, porque os robôs até são bem substanciados, mas o roteiro é ruim.


Os atores até fazem um bom trabalho, Dolph Lundgren se levando sempre a serio é o que segura o filme. Lundgren é muito carismático.

E a edição do filme é boa, trabalha bem com o material que tem em mãos, fazendo uma boa montagem e consertando bem as tomadas tremidas e os planos fechados demais.

Algo que precisa ser comentado são os zumbis, que seguem o modelo Extermínio. São bastante velozes, carregam uma ótima maquiagem e agem como zumbis sempre.

Zumbis e Robôs consegue agradas os fãs de brucutus e os fãs de zumbis ao mesmo tempo, tem um roteiro mediano e poderia ter mais cenas de ação.

ASSISTA AO TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=syBP5qT0FHs


Dados de Viagem:
Data de lançamento: 20 de Agosto de 2015 (no Brasil, direto para o vídeo).
Local: Cidade em quarentena, ataque zumbi de nível 3.
Guia de Viagem: Christopher Hatton.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Crítica | Doutor Estranho (2016)


"Psicodélico, chamativo e visualmente lindo; Doutor Estanho traz consigo mais uma estória de origem a moda Marvel Comics."

Após sofrer um acidente de carro, o brilhante cirurgião chamado Stephen Strange, acaba ficando com as mãos debilitadas. Achando que perdeu todos os objetivos de sua vida, Strange parte em uma jornada para se curar, mas acaba encontrando o Kamar-Taj.

Doutor Estranho traz consigo mais uma estoria de origem, com quase todos os seus clichês. Seu roteiro se assemelha muito com o do primeiro filme do homem de ferro, pois assim como Tony Stark e sua armadura eram algo totalmente novo para nós; Stephen Strange e a magia também são novidades tanto para nós quanto para o universo cinematográfico da Marvel.

Sendo assim, o filme passa a maior parte do tempo nas origens e depois corre para nos apresentar o vilão e seu conflito final. Não é ruim, só não espere grandes novidades.



No geral, o roteiro de Doutor Estranho consegue apresentar bem seus personagens, desenvolver uma trama chamativa, nos impressionar com esse novo mundo mágico e no final fugir do clichê e dar um desfecho muito criativo e legal.

Como estamos falando de um filme Marvel Comics, já se pode esperar elementos como: Referencias que ligam esse filme com os outros do Universo da Marvel nos cinemas, e TODAS as referencias são boas. E também, um alivio cômico que visa agradar todo o tipo de público. que acerta em alguns momentos, mas erra em outros. 

Isso infelizmente temos que relevar, mesmo que em alguns filmes como Os Vingadores o tom de humor não extrapola e não atrapalha a emoção do filme, as vezes erram um pouco a mão.

O maior problema de Doutor Estranho foi a preguiça no roteiro em não trazer uma carga negativa maior para a trama. Quando Strange encontra o Kamar-Taj, um lugar onde existem magos que controlam uma magia extremamente poderosa e um conhecimento infinito sobre o mundo; Strange é praticamente aceito e treinado na hora, vai desenvolvendo seu poder e estudando, sem existir um preço real para tudo aquilo. E lembre-se ele só foi até lá para curar a si mesmo.

O lugar não era secreto ou os ensinamentos proibidos, pelo contrário, o filme diz que todos podem aprender e estudar os livros do Kamar-Taj. Se fosse assim o mundo estaria cheio de magos e praticamente já teria acabado.

No final o filme te da uma resposta que mais ou menos tenta concerta, mas não é o bastante.

"COM GRANDES PODERES VEM GRANDES RESPONSABILIDADES!"


Em termos técnicos, o trabalho de direção é excelente, os jogos de câmera são criativos e lindos de se ver, o trabalho com a magia psicodélica, os momentos que foram gravados em primeira pessoa, tudo é muito bom. O 3D também é ótimo e isso é muito raro.

A fotografia não exagera nos tons, soube deixar o filme bem colorido, nesta parte não existe queixas.

A edição também muito dinâmica e precisa.

Mas o maior destaque vai para a galera que trabalhou nos efeitos visuais: PARABÉNS!

Os atores estão muito bem, todos são muito talentosos e fazem o melhor com o material que tem em mãos. Os de maior destaque arrasam, mas alguns como a Rachel Mcadams não tem muito material para trabalhar e acaba sendo um pouco de talento desperdiçado.

Benedict Cumberbatch está perfeito como doutor estanho, o ator conseguiu encontrar a sincronia certa e dar um show de empatia. Em alguns momentos o filme tenta nos trazer elementos de outros papéis de Benedict como por exemplo, Sherlock, apenas para criar empatia e carisma com o ator e não com o personagem, e isso é desnecessário.

Doutor Estranho, traz novidades, mas em si não é uma. tem um roteiro um pouco clichê, mas te ganha com os bons efeitos, os novos conceitos, as boas atuações e se você é fã do MCU ele vai enriquecer-lo bastante.

ASSISTA AO TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=YUfWrIcX4zw

Dados de Viagem:
Data de Lançamento: 2 de Novembro de 2016
Local: Estados Unidos, Inglaterra, China - REALIDADE ESPELHADA.
Guia de Vigem: Scott Derrickson.