sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Crítica | Capitão Blood (1935)



Capitão Blood traz consigo todos os bons elementos das escassas estórias de piratas em um filme cheio de emoção e ritmo.

Quando um médico é acusado injustamente de ser cúmplice de bandidos, é enviado para o Caribe onde será vendido como escravo. Os dias se passam até uma grande oportunidade chegar do mar aberto e oferecer aos pobres escravos uma chance de viver livremente.

Errol Flynn é um dos ídolos para os fãs de estórias de piratas caribenhos. Infelizmente nos dias atuais não temos muitas variedades ou estórias que são realmente boas. Mas a noticia boa é que filmes como os de Flynn ou os de Burt lancaster contem estórias frenéticas e divertidas que navegaram até os dias atuais sem sofrer muito com o tempo.

O roteiro abre mostrando um protagonista bondoso, corajoso e determinado, que tem sua vida virada por uma grande injustiça da sociedade. Com o caminhar de sua jornada, ele nos faz questionar o que é ser realmente bom ou mal e se viver dentro dos padrões da Sociedade é o certo ou o justo. Quem é o vilão?


Vamos rapidamente analisar os elementos principais da pirataria: Existe muitas estorias sobre o mar e marinheiros e na maioria dos casos elas são excelentes, mas muito profundas e com pouco valor de entretenimento. Sendo assim quando piratas são colocados como protagonistas, eles nos trazem muita ação e entretenimento. Porém surge um problema - Eles são bandidos!?

A solução para isso é criar estórias que nos fazem refletir temas como a liberdade, o conceito de bem ou mal e fazer críticas sociais. Esses elementos, quase sempre presentes, acabam criando uma "formula" um pouco repetitiva. Talvez por isso os piratas não sobrevivem tanto quanto os cowboys.

Junto a um roteiro que sabe escolher ambiente, personagem e ritmo, o filme nos presenteia com excelentes esfeitos especiais e cenários incríveis. Mesmo estes serem um pouco datados, até hoje conseguem impressionar.


A direção sabe bem como comandar os seus atores, crias ótimos planos marítimos e de batalha. Em destaque ao combate final de navios que é incrivelmente bem feito.

Algo que não pode ficar de fora é a excelente edição que traz uma ótima linguagem para o filme.

A trilha sonora é talvez o elemento que mais se datou. Para a época deve ter sido muito boa, mas hoje em dia parece destoar um pouco com a proposta do filme.

Capitão Blood é um filme dos anos 30 que impressiona com a inteligencia da escrita e de todo o resto da construção. Mas estamos falando de um filme em preto e branco que pode ser considerado arrastado para algumas pessoas. Não se esqueça de saber se posicionar.

ASSISTA AO TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=MXb1QqmrRNc



Dados de Viagem:(Ano Estelar-437462.1)
Data de Lançamento: 19 de Dezembro de 1935.
Local: Caribe (Filme Estadunidense).
Guia de Viagem(Diretor): Michael Curtiz.
Título Original: Capitain Blood.





O Viajante 0, Matheus Amaral.


"Pessoal peço desculpas pela ausência essas semanas, estou muito ocupado escrevendo o roteiro de um curta para o Instituto de Cinema."

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