Zumbis no Cinema: A evolução
Matheus Rodrigues do Amaral.
matheus_do_amaral@hotmail.com.
Proj. E Conf. Estações Multimídia – André Rosa.
RESUMO
Breve artigo sobre os zumbis no cinema e sua evolução expondo de maneira clara seu aparecimento em raízes religiosas, sua introdução no mundo cinematográfico com o filme White Zombie,(1932) e suas modificações através do ano, como o divisor de águas A Noite dos Mortos Vivos(1968) do grande diretor George Andrew Romero e a revolução que o mesmo trouxe com ele através da era dourada do cinema e as reais razões que apontam seu sucesso.
PALAVRAS – CHAVE
Zumbi. George A. Romero. Cinema. Gênero. Evolução. Gosto. Clichês.
ABSTRACT
Brief article about the zombies in film and its evolution clearly exposing its appearance in religious roots , its introduction into the film world with the film White Zombie ( 1932) and its modifications through the year as the watershed Night of the Dead alive (1968 ) the great director George Andrew Romero and the revolution that it brought with it through the golden era of cinema and the real reasons pointing his success.
KEYWORDS
Zombie. George A. Romero . Cinema. Gender . Evolution. I taste. Cliches.
Diferente dos grandes monstros icônicos na historia do cinema como o famoso Conde Drácula, os clássicos zumbis não vieram das obras literárias e muito menos da ficção, surgiram de cultos principalmente praticados no Haiti chamado de Vodu que hoje é totalmente comparado com magia negra e bruxaria. Para entendermos melhor tais obras cinematográficas é necessário viajar desde suas raízes, sendo assim desde seu surgimento, aparição, mudanças até os dias de hoje.
Para os praticantes de Vodu um zumbi tem como base um cadáver reanimado por um feiticeiro, tal cadáver sem consciência e vontade própria tem como finalidade servir eternamente o seu amo, ou seja, o zumbi não é nada mais do que um escravo sem consciência que realizara tudo o que o mestre ordenar.
Tal crença pode soar assustadora aos ouvidos de muitas pessoas, e este a de ser um perfeito estopim para o surgimento de inúmeras estórias de horror abordando tal tema em todo o mundo.
White Zombie estreado em 1932 e dirigido por Victor Hugo Halperin foi o primeiro filme de zumbi da historia que abordou o tema nas telonas, na trama Neil e Medeleine viajam para a casa de Beaumont no Haiti, um amigo do casal que cedera sua mansão para a realização do matrimonio, porém Beaumont está apaixonado por Medeleine e conhece um feiticeiro vodu que está disposto a matar Medeleine e ressuscita – lá para Beaumont.
White Zombie se encaixou aos clássicos clichês do terror, porem trouxe ideias novas e estabeleceu novos clichês para futuras obras, sendo assim agradou muito os fãs da época, que sempre anseiam por ideias novas.
Sendo assim surge um dos principais motivos para o sucesso dos mortos – vivos. White Zombie foi um filme que se encaixou bem em um gênero, obedecendo a clichês e regras já existentes e ao mesmo tempo criando novos clichês que possibilitam ideias novas e consequentemente novos clichês.
Jean – Claude Carrière cita uma celebre frase de Hitchcock em seu livro pratica do roteiro cinematográfico.
(...) é melhor partir do clichê do que terminar com ele. (HITCHCOCK, ALFRED, PRATICA DO ROTEIRO CINEMATOGRAFICO 3º edição, P.38)
Outro grande fator foi às ideias trazidas pelo filme que aborda uma temática polemica e religiosa que diverge opiniões e estimula a curiosidade. Mas a outras teorias em questão que pode explicar o sucesso dos zumbis no cinema.
Fernando S. Vugman autor de: O zumbi nas telas: breve história de uma metáfora (2013), explica de uma forma bem inteligível e explicita outro fator que implica no sucesso de tais obras.
Para Vugman os zumbis representam algo maior do que apenas cadáveres reanimados que obedecem ao feiticeiro que os despertou do sono eterno. Os zumbis representam algo que inconscientemente aproxima nossa sociedade dele, a classe trabalhadora.
Tal teoria faz um enorme sentido, visto que White Zombie foi estreado na época em que o mundo passava pelo período da grande depressão. Para Vugman:
(...) Zumbi branco estabelece as primeiras convenções específicas: o morto vivo como um ser escravizado por um senhor por meio da magia ou da feitiçaria (sugerindo a alienação espiritual do trabalhador em relação ao seu trabalho, bem como o impedimento do usufruto dos bens que produz). (O ZUMBI NAS TELAS: BREVE HISTORIA DE UMA METÁFORA, 2013, P.142).
Como foi mostrado em White Zombie para que uma nova ideia apareça e agrade o publico que sempre teme o novo, mas anseia pelo mesmo, é necessário uma serie de profundos estudos e aprofundamentos e não focar em apenas um como a metáfora ou a historia dos bons clichês. Para que uma nova ideia apareça é essencial ter um como principio um publico alvo, partir dos clichês, ter uma boa ideia para o roteiro, criar novos clichês e ideias dentro do clichê escolhido e buscar diversos elementos que inconscientemente consigam alcançar o gosto do publico pela obra e não apenas o púbico alvo.
Essa nova moda que surgiu na década de 30, prossegue em filmes como: King of the Zombies (1941) e I Walked with a Zombie (1943) e não se prende apenas a Hollywood, como o filme britânico The Plague of the Zombies (1966).
Apesar dessa nova ideia no mundo do cinema se destacar e agradar muitas pessoas, ainda não é muitos os que conhecem e gostam de tais filmes para torna-los clássicos de grande sucesso; porém os zumbis no cinema estão prestes a sofrer uma grande evolução inesperada que mudara o curso das obras até os dias de hoje.
Em 1968 o até então cineasta independente George Andrew Romero, estreia o que para muitos é considerado a sua obra prima, A Noite dos Mortos Vivos. Maior marco do cinema de terror, independente e principalmente para os filmes de zumbis.
A Noite dos Mortos Vivos mudou radicalmente o conceito filmes de zumbis no mundo inteiro, agora os mesmos não são mais acordados através de bruxaria ou magia negra e muito menos seguem um mestre; os zumbis agora são despertados por razões misteriosas até para o homem; igualando nós e o que sabemos sobre o mundo, (quem somos e para onde vamos), sabemos o mesmo sobre os zumbis de Romero apenas teorias como a radiação por satélite mostrada no filme.
Na trama os irmãos Johnny e Barbara viajam durante 3 horas na estrada para um cemitério os está enterrado seu pai, chegando lá e sem saber o que acontece no mundo, pois o radio estava fora do ar, se deparam com mortos vivos, porem não estão saindo das covas. O medo, o desespero e principalmente a duvida toma os sobreviventes da estória que terão de sobreviver em uma fazenda, lutando não apenas contra os zumbis, mas também contra a dúvida, o medo e contra eles próprios.
A Noite dos Mortos Vivos foi o divisor de águas para os zumbis, um marco para a evolução dos zumbis no cinema, mesmo que poucos filmes sobre os zumbis haitianos foram feitos depois de A Noite dos Mortos Vivos; podemos nitidamente marcar a evolução dos filmes como – antes A Noite dos Mortos Vivos e pós A Noite dos Mortos Vivos.
Em 1932 White Zombie chegou respeitando clichês e estabelecendo os seus, de acordo com sua época, George Romero respeitou os clichês estabelecidos lá em 1932 porem em um único filme estabeleceu vários de uma maneira extremamente inteligente; aos poucos o publico vê os clichês clássicos e no momento certo as novas regras sendo impostas. As regras antigas, que na época não podiam ser quebradas, futuramente serão retiradas e novas serão estabelecidas.
Os zumbis de A Noite dos Mortos Vivos, são inconscientes, não sofrem dor e não pensam, apenas sentem a necessidade desenfreada de comer, mesmo que não estejam com fome, mas se prendem a algumas regras como ter medo do fogo.
Com muitas teorias que explicam o sucesso dos zumbis do cinema em sua versão haitiana como: a metáfora dos anos 30 (época da depressão) e a temática religiosa; podemos perceber como essas teorias chegam a ser ultrapassadas já nas décadas de 60 e 70, um tema religioso e polemico com o passar do tempo se tornou banal e totalmente explorado.
O publico teme o novo, porem nunca quer ver mais do mesmo, já estava na hora de mudar e mudar muito, porem ainda manter a empatia do publico, e Romero não deixou que a chama dos zumbis se apagasse.
Citando mais uma vez Vugman e seus zumbis metafóricos, Romero metaforizou mais uma vez os mortos vivos de uma maneira que nos cause mais empatia do que os zumbis trabalhadores de White Zombie.
Para Vugmam os zumbis de George Romero representam a sociedade em geral com seu consumismo desenfreado, assim como queremos consumir e comprar descontroladamente e muitas vezes sem nem precisar, os mortos vivos tem seu instinto inconsciente de se alimentar mesmo que não precisem. Teoria essa que não se enquadra apenas para A Noite dos Mortos Vivos e sim para as obras de Romero como um todo.
A nova cultura zumbi se alastra no cinema durante varias décadas, os zumbis agora são inconscientes, andam em bando, têm suas próprias características e métodos, seus cenários são geralmente apocalíticos e o elemento mais grotesco dos filmes são as próprias pessoas que geralmente são sobreviventes. O que Victor Hugo Halperin mostrou em White Zombie, George Romero carimbou com A Noite dos Mortos Vivos.
Podemos destacar como grandes clássicos de outros diretores, o filme Não se Deve Profanar o sono dos mortos, traduzido no Brasil como Zumbi 3 e dirigido por Jorge Grau de 1974.
Na trama duas pessoas que seguem caminhos opostos, por um acidente, são obrigadas a trabalharem juntos e ao mesmo tempo em que uma maquina que emite radiação para matar as pragas das fazendas esta acordando os mortos da região. Não espere bandos de zumbis como nos clássicos de Romero, mas mortos se levantando por razões pouco explicáveis, sobreviventes, zumbis com uma grande característica própria – grande marco a cena que o “zumbi coveiro” levanta outros mortos como se fosse um ritual.
Outro grande marco de zumbis com identidade própria foi A Noite do Terror Cego de 1972 dirigido pro Armando de Ossorio, onde os mesmo eram monges templários que levantam da tumba para se alimentar (detalhe que os mortos vivos possuem habilidades para montar a cavalo e conduzir espadas).
Em 1978 G eorge Romero retorna com o seu novo clássico o despertar dos mortos ou o famoso Dawn of the Dead de 1978. Tudo em que prendia o diretor em 1968 como os clichês, o orçamento e o fato da historia ser introdutória; tudo foi solta aqui sem restrições, um trabalho completamente inspirador e satisfatório tanto para o Romero quanto para o publico.
O Despertar dos Mortos vai muito além do que A Noite dos Mortos Vivos se propõe mostrando a queda da comunicação, das forças policiais e até mesmo do exercito, neste novo cenário apocalíptico todos apenas correm por suas vidas, enfrentam os problemas do fim do mundo e de um novo mundo.
Romero mostrou que devemos temer mais os vivos que os mortos, descobrimos que seus zumbis tem uma capacidade além do instinto de se alimentar – lembram-se de como usar minimamente objetos que faziam constantemente parte de sua vida. Os sobreviventes do filme se refugiam em um Shopping Center, reforçando ainda mais a teoria de nosso constante consumo, pois os mortos se lembram de fazer minimamente coisas que faziam quando eram vivos, portanto muitos dos mortos caminharam e perambulam pelo shopping.
Assistir o despertar dos mortos hoje é ver de onde realmente surgiram as ideias que são tanto usadas e admiradas hoje.
Antes de analisarmos o fechamento da trilogia de George Romero, Dia dos Mortos de 1985, vale ressaltar que a influencia de tais filmes até então foi tão grande e atingiu tantos fãs que a trilogia deixa de ser um subgênero do terror e evolui para um gênero próprio para muitos fãs e cinéfilos até os dias de hoje. Os zumbis no cinema não são mais presos nem a um só gênero como os filmes de heróis que na maioria dos casos estão presos ao subgênero ação; agora temos filmes de zumbis de terror, ação, aventura e até mesmo a parodia.
Voltando a 1985, Dia dos mortos, mesmo considerado inferior ao se antecessor, fechou com completa inteligência a trilogia dos “Mortos” que pela primeira vez mostrou um mundo pós-apocalíptico e as consequências do mesmo. Dia dos mortos também trouxe novas ideias como zumbis “domesticados” como animais – destaque do filme para Bub, o zumbi mais icônico do cinema.
Agora todos conheceram os zumbis, ele não se prende mais ao cinema e migra para outras mídias como os videogames, as historia em quadrinhos e até mesmo a televisão. Estas mídias também que estouram e retornam os zumbis ao cinema.
Como foi dito o zumbi se tornou um gênero próprio e completamente pop, podendo migrar para onde achar melhor, não a mais clichês e regras que possam prendê-lo, explicando seu absoluto sucesso mundial.
Resident Evil lançado em 1996 é um jogo de “survival horror” onde o jogador se encontra em uma enorme e confusa mansão, e misteriosamente zumbis começam a surgir. Presos a mansão ao medo terão de sobreviver na mansão e ao mesmo tempo buscar respostas – regras da historia extremamente parecidas com A Noite dos Mortos Vivos lá de 1968.
Como podemos ver não importa a plataforma, a formula é sempre a mesma, mas as regras serão sempre mudadas.
Em 2002 Resident Evil migra para o cinema com seu filme tão criticado pelos fãs por um simples motivo: fugiu das regras e clichês determinados pelo jogo. Mesmo assim outro tipo de publico que desconhece a existência ou historia do jogo, consegue enxergar o filme com outros olhos, uma boa ideia que explora totalmente os limites da ação que se teria lutando contra não apenas zumbis e também com monstros biológicos, deixando os outros gêneros apenas como secundários.
Chegando a era moderna dos zumbis podemos ver uma nova regra estabelecida lá em 1985 pelo filme Re- Animator dirigido por Stuart Gordon o experimento cientifico que mais pra frente se tornará o vírus.
O filme foi baseado em uma obra literária com o tema zumbi, porém inspirada em Frankenstein, de Mary Shelley. A trama apenas se constitui em um homem querendo dar vida a um corpo morto através de experimentos científicos, tema este que inspirou futuramente diversas estórias, porem ata ideia não fez muito sucesso no cinema e migra paras os videogames onde seu sucesso foi concretizado.
Vemos no cinema filmes inspirados neste conceito de vírus como 28 Days Later, no Brasil conhecido pelo nome Extermínio de 2002, dirigido por Danny Boyle; onde um vírus da raiva altamente contagioso de primatas acaba acidentalmente passando para humanos e em 28 dias contemplamos uma Europa completamente desolada.
Extermínio foi o responsável não apenas por acionar os fãs de que o gênero não está se banalizando no cinema, mas também de mostrar aos fãs novos zumbis completamente velozes. Nova característica que passeara por todas as mídias que necessitem da mesma. – destaque de Extermínio fora que os zumbis não estão mortos e sim em um estagio inconsciente e agressivo.
Em 2003 uma nova era para os zumbis se erguia, porém ainda nas sombras e nas mãos de apenas fã de zumbis e quadrinhos, era essa que demorara 7 anos para se concretizar e se revelar.
Enquanto isso no cinema, Zack Snyder modernizava o grande clássico de Romero O Despertar dos Mortos 1978 e trazia ao publico Madrugada dos Mortos de 2004 que em apenas dois dias se tornou o número um das bilheterias mundiais.
Snyder traz o mesmo enredo: um grupo de sobreviventes refugiados em um Shopping Center, porem muitas ideias de Romero, que para hoje ficam ultrapassadas, fora substituídas por novas, como os zumbis rápidos de Danny Boyle, e também Snyder mostrou nos 10 minutos inicias no filme o caos da “praga” zumbi se manifestar no mundo.
O sucesso de Madrugada dos Mortos se da pelo fato do ditetor ter respeitado as regras da refilmagem e não desmembrar o filme original, isto é, fugir completamente do enredo como a refilmagem de Dia dos Mortos de 2008 do diretor Steve Miner que apenas se tornou um filme interessante e legal passando despercebido para muitos. Outro fator que explica seu sucesso é as novas ideias completamente bem postas.
Ao mesmo tempo em que Madrugada dos Mortos fazia o seu sucesso, George Romero reacendeu a chama com a ideia de uma nova trilogia de zumbis com novos clichês e regras. Terra dos Mortos de 2005 foi o primeiro da saga e trouxe novos clichês que foram completamente ignorados por todos, por exemplo: zumbis virando uma nova raça inteligente e que almeja guerra com os humanos sobreviventes aprendendo a atira e conduzir objetos com absoluta perfeição.
O erro de Romero foi achar que ainda estava na década de 60 e que novos clichês poderiam ser colocados assim como sua clássica trilogia havia feito. O que George Romero deixou passar foi o fato de que zumbis se tornaram pops e seu sucesso não está apenas no cinema de terror, e sim em videogames, livros e quadrinhos, todo o tipo de publico os via e os admirava; e agora é necessário um grande esforço para estabelecer diversos clichês e mudar uma ideia que está em seu auge não importa a plataforma.
Terra dos mortos recebeu mais duas sequencias: Diário dos Mortos de 2007 e Ilha dos Mortos de 2010.
Nos dias de hoje, surgi o marco dos zumbis da nossa época(o topo da evolução), a série de TV The Walking Dead, feita pelo canal AMC e estreada em 31 de outubro de 2010. A série inspirada em uma serie de quadrinhos escrita em 2003 por Robert Kirkman e desenhada por Tony Moore e Charlie Adlard.
A Série conta a historia do policial Rick Grimes que acorda de um coma em um mundo totalmente “novo”, o apocalipse chegou. Acompanharemos a trajetória de Rick pela sobrevivência neste novo cenário de sua vida, o vemos amadurecer, aprender a resolver seus problemas e se sacrificar para proteger sua família e um grupo de sobreviventes nômades.
A proposta de Kirkman nos quadrinhos foi criar uma estória infinita, isto é, não importa nossa idade e o passar dos anos, estaremos sempre acompanhando os sobreviventes em seu dia a dia.
The Walking Dead mixou todas as boas regras feitas por antigos mestres até hoje como: sobrevivência, apocalipse, grupos nômades, doença inexplicável, a até temer mais os vivos que os mortos. Outro fator que explica seu sucesso foi que The Walking Dead não surgiu no cinema e sim em uma Mídia nova; assistir os episódios se The Walking Dead semanalmente é perceber com mais atenção às passagens de tempo do universo e das personagens.
Porém existe outro fator, e talvez o maior, que pode explicar sucesso estrondoso da nova serie, Robert Kirkman colocou um novo clichê que passou inconscientemente por muitos e ficou muito mais explicito quando a serie foi lançada; pela primeira vez na historia dos zumbis temos uma historia em que os próprios zumbis não são os personagens principais, a regra mestre de the walking dead foi que os sobreviventes seriam as reais estrelas da trama e não os mortos.
Sendo assim podemos nos infiltras na carga emocional dos personagens, ficarmos contentes ou furiosos com tais atitudes, chorar suas perdas. Cada pessoa que assiste a The Walking Dead se afeiçoa mais com o personagem que mais lembra ela mesma e sua carga de sentimentos, podendo refletir que se ela estivesse nessa situação tomaria tal decisão.
O novo clichê de The Walking Dead, mesmo que os grandes fãs sabem que ela não é original em quase nada, fez um enorme sucesso mundial, todos agora podem assistir a nova serie e adorar. Kirkman tornou os zumbis acessíveis a praticamente toda a população e em qualquer faixa etária.
Existe uma regra principal que perdura desde White Zombie em 1932 até The Walking Dead e os zumbis contemporâneos, o fator sobrevivência, zumbis é sinônimo de sobrevivência para o cinema, são raríssimas as historia que não tem esse fator, assim como o publico mundial adora ver e pensar em uma utopia, também amam contemplar a distopia.
Os zumbis no cinema nos mostraram a força de novas ideias, que todas elas podem ser colocadas no momento certo e no tempo certo, que sempre a espaço para coisas novas, que nada vem por acaso ou pela sorte e sim por um longo período de pesquisa dedicação e principalmente amor no que se faz – podemos dizer isso do cinema e do mundo como um todo.
Suas historias mostraram muito sobre a realidade e sobre nós mesmos, fez com que refletíssemos, chorássemos, rimos e principalmente sentir pavor e medo.
O principal que os zumbis no cinema nos mostram é que para tudo no mundo a pontos que sempre passam despercebidos e inexploráveis, que apenas espera pelo sucesso, sendo assim nunca saberemos o que vem pela frente nos projetos de futuros roteiristas, diretores e produtores; só sabemos que para progredir é necessário sempre olhar para traz.
“Se vi mais longe foi por estar de pé sobre ombros de gigantes."
Isaac Newton.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MUNDO ESTRANHO. O que são zumbis? {on-line}. Disponível na internet via://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-sao-os-zumbis.
MARCOS DO RIO TEIXEIRA. Por que será que gostamos tanto dos filmes de zumbis? {on-line}. Disponível na internet via: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1519-94792013000100003&script=sci_arttext.
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FERNADO S. VUGMAN, REBECA. Zumbi nas telas: breve historia de uma metáfora. {on-line}. Disponível na internet via: http://www.socine.org.br/rebeca/pdf/rebeca_4_06.pdf.